terça-feira, 23 de agosto de 2011

Juiz retirou acusações contra Strauss-Khan,que já abandonou o Tribunal

23.08.2011 - Por: PÚBLICO, Agências

Ex-director do FMI pode ainda enfrentar acusação civil (Todd Heisler/Reuters)



As acusações de abuso sexual contra o político francês Dominique Strauss-Kahn foram hoje retiradas pelo juiz Michael Obus, do Supremo Tribunal de Justiça do Estado de Nova Iorque.

O juiz aceitou o pedido do procurador Cyrus Vance, o qual alegou que não havia qualquer prova que esclarecesse que o acto sexual entre Strauss-Khan e uma empregada de hotel de Nova Iorque foi forçado ou não consentido.

O ex-director geral do Fundo Monetário Internacional abandonou o tribunal na companhia da mulher, Anne Sinclair.

O processo criminal contra Strauss-Kahn, aberto em Maio por queixas de uma empregada de hotel, chega assim formalmente ao fim. O abandono das acusações penais não significa necessariamente o fim da acção civil. O político socialista, que chegou a liderar as sondagens em França para as presidenciais do próximo ano, enfrenta um processo cível interposto pelos advogados de Diallo, exigindo uma indemnização por danos cujo montante não foi especificado.

A credibilidade da empregada de hotel Nafissatou Diallo, de 32 anos, foi posta em causa pela própria acusação, depois de ter sido detectadas mentiras às autoridades, nomeadamente quando pediu asilo político, nas declarações de rendimentos entregues ao fisco e nos seus relatos contraditórios dos factos ocorridos no quarto do hotel Sofitel a 14 de Maio.

Num comunicado divulgado depois de ter sido conhecida a decisão dos juízes, tornado público pelos advogados, Strauss-Kahn descreve a situação que viveu. "Os últimos dois meses foram um pesadelo para mim e a minha família", diz o antigo director do FMI. "Quero agradecer a todos os amigos em França e nos Estados Unidos que acreditaram na minha inocência, e aos milhares de pessoas que me apoiaram pessoalmente ou através de mensagens escritas". E adianta: "Estou profundamente grato à minha mulher e à minha família."

O seu objectivo é agora regressar a casa. "Não temos mais nada a dizer sobre este caso, queremos seguir em frente e voltar para casa e ter uma vida normal."

Strauss-Kahn saudou o facto de o procurador geral ter concordado com os seus advogados quanto ao facto de as acusações deverem ser retiradas. "Apreciamos o profissionalismo das pessoas que estiveram envolvidas nesta decisão".

Notícia actualizada às 18h00

1 comentário:

São disse...

A senhora pode até ter mentido, mas o que está em causa é saber se foi violada ou não!

Saudações cordiais