sexta-feira, 9 de setembro de 2011

"Não somos um grupo de guerrilheiros",diz Francisco Assis

por: Lusa/DN, Hoje

Francisco Assis, candidato derrotado nas últimas eleições para a liderança do PS, defendeu hoje que a unidade do partido "é uma exigência" do país e sublinhou que os socialistas não são "um grupo de guerrilheiros".

"Nós não somos um grupo de guerrilheiros, somos pessoas com sentido de dever perante o partido e o país e neste momento o nosso dever é enriquecer o PS de forma a que seja uma alternativa a este Governo", defendeu Francisco Assis, à chegada ao Congresso do PS, que hoje arranca em Braga.


Francisco Assis, que encabeça uma lista alternativa à da direcção para a Comissão Nacional, admitiu que neste congresso serão manifestadas "algumas diferenças" mas sublinhou que o momento para discutir a vida do PS já passou.

"O PS tem um novo líder, a minha preocupação será a de contribuir para a afirmação de um projeto político alternativo a este Governo (...). Espero que o António José Seguro conduza o PS a vitórias eleitorais e seja o próximo primeiro-ministro de Portugal", desejou.

Assis recusou fazer um balanço dos primeiros tempos de oposição protagonizados por António José Seguro, dizendo não ser sério fazê-lo ao fim de pouco mais de um mês.

"Espero que seja uma oposição firme, criativa, mas que apresente uma linha política diferente deste Governo, que quer ir muito para além do que foi acordado com a 'troika'" da ajuda externa, afirmou.

Questionado sobre a escolha de António Costa para número dois na sua lista à Comissão Nacional, Francisco Assis sublinhou que o presidente da Câmara de Lisboa é "uma das grandes referências da vida política em Portugal".

"Foi desde o primeiro momento um dos meus apoiantes, eu próprio se calhar não teria sido candidato sem o seu apoio, é natural que o convide", justificou.

Sobre a escolha de António José Seguro para a liderança da bancada socialista, Carlos Zorrinho, o ex-líder parlamentar socialista considerou-a "uma boa escolha".

"É uma pessoa que tem condições para desempenhar funções de líder parlamentar, não é escolha minha, é do líder do PS. É uma boa escolha", afirmou.

Interrogado sobre a possibilidade de se colocar na Constituição um limite ao défice, Assis reiterou aquela que tem sido a sua posição: "Não acho que deva merecer consagração constitucional o que não quer dizer que não devamos ter preocupações com os limites de endividamento".

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