O comentador político Marcelo Rebelo de Sousa avaliou hoje a intervenção do primeiro-ministro sobre o desemprego como «desequilibrada» e explicou que lhe faltou uma palavra de compreensão para o «lado negativo» do que é estar desempregado.
Em Guimarães para uma conferência subordinada ao tema «Solidariedade em Portugal 2012», o professor e comentador Marcelo Rebelo de Sousa afirmou no final à Lusa que Pedro Passos Coelho tem uma «deformação» por ser «muito explicativo».
O primeiro-ministro apelou na sexta-feira aos portugueses para que adotem uma «cultura de risco» e considerou que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser «uma oportunidade para mudar de vida».
Diário Digital / Lusa
2 comentários:
Será que se Marcelo o não classificasse de desequilibrada ela passaria como o não sendo?
Não o entendo...
Será que o defeito de Passos Coelho é ser "muito explicativo"?
O problema não está na forma, nem no estilo. O problema está no conteúdo.
Infelizmente para nós, temos um Betinho temporáriamente investido da responsabilidade de Governar Portugal.
Formado nas fornadas da JSD, sem o caldo de cultura do conhecimento dos tempos da ditadura, este Pinóquio acredita que será um regime liberal a solução para os nossos problemas.
Ele está a pôr em marcha uma máquina demolidora dos direitos liberdades e garantias dos portugueses, que estão cobertos por um "contrato" constitucional, sob o pretexto que temos que cumprir os contratos que nos foram impostos pela troika e mais aqueles que teremos que aceitar celebrar com a Banca.
A receita é simples e conhecida.
Diminuir a despesa do Estado à custa dos salários e do emprego dos funcionários Públicos. Reduzir ao estado mínimo o SNS e os apoios sociais e aumentar os impostos diretos e indiretos.
Para retomar o crescimento, aposta-se na competitividade à custa, exclusivamente, da baixa brutal do rendimento dos trabalhadores.
Um número elevado de desempregados coloca uma pressão enorme sobre aqueles que têm emprego, gerando um clima generalizado de medo, que nos torna dóceis e facilmente manipuláveis.
O drama, o verdadeiro drama, é que não temos uma oposição firme e consequente, que passe das intervenções reativas e pontuais à assumção de medidas concretas que apontem alternativas credíveis.
Se não sabem, vão a Paris e aprendam co Hollande.
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