segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Execução orçamental: Despesa cresce 2,7%, mas está em desaceleração desde Junho

Lisboa, 20 set (Lusa)

"O Governo anunciou hoje que a despesa do Estado cresceu 2,7 por cento entre janeiro e agosto de 2010, mas continua a "registar uma desaceleração consistente" desde junho.

Segundo a síntese de execução orçamental de agosto, os dados disponibilizados indicam que a desaceleração da despesa efetiva do Estado se cifrou em menos 1,6 pontos percentuais relativamente a junho, quando se situava nos 4,3 por cento.

O comunicado da direção geral do Orçamento refere ainda que o crescimento de 2,7 por cento da despesa em termos homólogos está "exatamente em linha com a taxa de crescimento inscrita no Orçamento do Estado para 2010".

O Governo justifica o aumento da despesa, em grande medida, pelo "aumento das transferências do OE para a Segurança Social, no âmbito da respetiva lei de bases, e para o Serviço Nacional de Saúde", salientando que, "excluindo as transferências correntes e de capital para as administrações públicas, a despesa efetiva regista uma diminuição de 0,1 por cento em termos homólogos".

Pelo lado da receita, até ao final de agosto, o subsector Estado registou um acréscimo de 3,3 por cento relativamente ao período homólogo, "acima do objetivo de 1,2 por cento inscrito no relatório do OE2010", diz a síntese de execução, cifrando-se em mais 635,5 milhões de euros.

Esta performance deve-se a um aumento de 10,6 por cento na execução da receita dos impostos indiretos (IVA, ISP, ISV, etc) e a uma queda de 6,7 por cento na execução da receita dos impostos diretos (IRS, IRC).

Comparando com o ano passado em variação homóloga, o Estado cobrou menos 552,7 milhões de euros em IRS e menos 406,6 milhões de euros em IRC.

Segundo o Governo, a diminuição de 7,7 por cento da receita de IRS reflete "o aumento de reembolsos face ao período homólogo e o novo regime mensal de transferências de participação variável deste imposto para os municípios".

A diminuição de 4,9 por cento da receita de IRC deve-se também ao "aumento significativo de reembolsos", segundo a síntese de execução.

Relativamente aos impostos indiretos, o IVA continua a crescer a dois dígitos (13,9 por cento), a cobrar mais 983,7 milhões de euros quando comparado com o mesmo período do ano passado."


AJG/Lusa

***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***

Sem comentários: