Lusa, 27 de SetembroO secretário-geral da OCDE, Angel Gurría, considerou hoje uma “injustiça” a pressão dos mercados financeiros sobre Portugal e pediu um forte consenso político para consolidar as finanças públicas.
“Esta situação é injusta de vários pontos de vista. Especialmente porque Portugal lançou reformas estruturais de primeiro plano, tanto antes, como durante a crise”, afirmou o responsável, que apresenta em Lisboa o estudo económico da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 2010.
Angel Gurría apontou que é preciso “um forte consenso político”, que já “demonstrou no passado que consegue alcançar” para atingir a consolidação das contas públicas, que considera ser o ponto essencial para devolver a confiança aos investidores.
“O desafio mais imediato é o fomento da confiança dos investidores” afirmou, explicando que a falta desta prejudica não só a consolidação orçamental através de mais elevados ‘spreads’ na dívida pública portuguesa, mas esta pode prejudicar também a atividade económica e a retoma.
No entanto, Angel Gurría afirmou estar “confiante que Portugal vai conseguir ultrapassar esta situação”.
NM/Lusa
***Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico***
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2 comentários:
Caro Amigo Osvaldo
A OCDE avalia positivamente o esforço desenvolvido por Portugal na área do mercado de trabalho e acredita que o país tem possibilidade de responder aos desafios que se colocam à economia e ao entendimento com os parceiros sociais, independentemente da oposição denegrir a questão. Precisamos de atingir uma consolidação orçamental digna de crédito e capaz de restabelecer a confiança dos investidores e penso que o governo se tem esforçado por isso. Embora haja quem proteste contra o pacote de medidas e entenda que os mercados não acreditam na capacidade do executivo e que existe um "entendimento" OCDE/Governo que só agrava os problemas do país e beneficia os grandes grupos económicos e que a asfixia dos impostos é altamente danosa, talvez seja urgente, de facto, a existência de um forte consenso político para atingir a consolidação das contas públicas e renovar a confiança dos investidores como defendeu Gurría manifestamente confiante na ultrapassagem da situação em Portugal. Seria bom, face à crise, e para que o consenso seja possível, que a oposição funcionasse como alavanca de auxílio às metas governativas e abandonasse as manobras de desestabilização quando o país precisa da força unida de todos.
Com pensamento positivo e optimismo, um Grande Abraço com Amizade :)
Ana Brito
Cara Ana Brito,
Creio que a passagem por Portugal de Angel Gurria, poucos dias antes de ser reeleito por unanimidade dos 33 países que integram a OCDE,
foi o reconhecimento do sacrifício que os portugueses estão a fazer para reduzir o défice e consolidar as finanças públicas nacionais de forma sustentável...
E deixe que lhe diga,Angel Gurria tem um curriculum apreciável, desde ministro das finanças do México até a uma vasta experiência em organizações internacionais e académicas...Nogueira Leite foi muito injusto nas apreciações desfavoráveis que lhe fez...!
Abraço,
OC
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