terça-feira, 21 de junho de 2011

A derrota de Fernando Nobre é um mau sinal para o Governo de Coligação

Fernando Nobre anunciou em conferência de imprensa que não se vai submeter a uma terceira volta à presidência da AR. A nova votação foi adiada para amanhã à tarde.

"Analisados os resultados das duas votações em plenário para a eleição de presidente da Assembleia da República, entendo não reunir as condições para me submeter a uma terceira votação. Continuarei a exercer as funções de deputado enquanto entender que a minha participação é útil ao país. Entendo que o país precisa de soluções rápidas e que se possa trabalhar. Nesse sentido, parto com a noção de dever cumprido. E é tudo o que eu tenho para vos dizer", disse Fernando Nobre.

O grupo parlamentar do PSD reuniu-se de seguida para analisar a situação e começar a escolher um novo nome, que pode passar por Guilherme Silva, Teresa Morais ou Mota Amaral.

Na primeira volta, Fernando Nobre obteve um total de 106 votos em 116 necessários. Dos 228 votos registados, 101 foram brancos e 21 nulos. Na segunda volta teve menos um voto que na primeira volta: 105.

Eleição do novo presidente esta tarde

A eleição do futuro Presidente da Assembleia da República foi hoje marcada para terça-feira às 16:00, agendou a conferência de líderes.

Já perante o plenário da Assembleia da República, o presidente do Parlamento interino, o social-democrata Guilherme Silva, explicou que o PSD pediu "algum tempo para preparar uma candidatura alternativa" à de Fernando Nobre, que falhou esta tarde por duas vezes a eleição.

Por isso, acrescentou, entre todos os grupos parlamentares foi acertado convocar uma nova reunião plenária para quarta-feira às 16:00, já depois da tomada de posse do novo Governo de coligação PSD/CDS-PP, marcada para as 12:00, no Palácio da Ajuda.

Ainda segundo Guilherme Silva, esse plenário será precedido de uma reunião da comissão eventual de verificação de poderes que fará as substituições que se irão verificar nos grupos parlamentares do PSD, do CDS-PP e do PS, com a saída de alguns deputados para o novo executivo e o regresso de outros, que faziam parte do executivo socialista cessante".

Artigo Parcial(Diário de Notícias)

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