domingo, 30 de maio de 2010

PS apoia Manuel Alegre,por maioria esmagadora, com apenas 10 votos contra e uma abstenção

É preciso um País, poema de Manuel Alegre

Presidenciais: Sócrates propôs formalmente apoio do PS à candidatura de Alegre

Lisboa, 30 mai (Lusa)

"O secretário geral do PS, José Sócrates, propôs hoje, formalmente, o apoio dos socialistas à candidatura presidencial de Manuel Alegre, disse à agência Lusa fonte da Comissão Nacional deste partido.

Segundo a mesma fonte, na reunião da Comissão Nacional do PS, José Sócrates foi o primeiro a falar no ponto dedicado à decisão dos socialistas sobre a candidato a apoiar nas eleições presidenciais.

“O PS é um partido de responsabilidade” e “não se abstém” perante as principais decisões, afirmou José Sócrates, citado por um dos presentes na reunião.

Com estas palavras, José Sócrates afastou a tese da corrente que defendia que o PS não deveria apoiar nenhum candidato nas eleições presidenciais, dando liberdade de voto aos seus militantes.

Em relação à candidatura de Manuel Alegre, Sócrates declarou que o seu partido e o candidato partilham um valor comum: “o do progressismo”.

PMF/LUSA

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Cohn-Bendit sobre a "ajuda" económica à Grécia

quinta-feira, 27 de maio de 2010

UM LINK INEVITÁVEL...ao Causa Nossa e a Vital Moreira:"Alegre é o melhor candidato que o PS poderia ter"

A patentear que a política, a pura política, não se confina a estados de alma, Vital Moreira, um independente que representa o PS no Parlamento europeu, vem dizer aqui que, apesar das suas consabidas reservas, "nas circunstâncias, Alegre é o melhor candidato que o PS poderia ter".
Escreve-o assim mesmo,a negrito, para destacar que, das suas reflexões, e na actual conjuntura política, só a maturidade analítica e o juízo ponderado se podem compaginar com um exame político consistente e adequado aos interesses do país e do PS.
Trata-se de um apoio muito importante!
E se não o acompanho "in totum"(designadamente na parte em que dá de barato que Cavaco repete a história e já tem a vitória no bolso, o que, atentas as notórias falhas do PR no exercício do mandato, pode abrir uma nesga de oportunidade a Alegre), reconheço que Vital Moreira, que tão vilipendiado foi por alguns próceres de Manuel Alegre, revela aqui a sua habitual lucidez política e uma relevante superioridade moral.


Osvaldo Castro

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Governo/TVI: Partidos abdicam de mais perguntas a Sócrates e avançam para fase final dos trabalhos


Lisboa, 26 mai (Lusa) -
"Todos os partidos abdicaram hoje de fazer uma segunda ronda de perguntas ao primeiro ministro, e preferem partir já para a fase final dos trabalhos da comissão de inquérito, cujo relatório será entregue dia 11 de junho.

Na reunião da comissão de inquérito ao “caso TVI”, que durou cerca de 15 minutos, todos os partidos anunciaram que não fariam mais perguntas ao primeiro ministro.

O deputado do PSD Pacheco Pereira reiterou a posição assumida na semana passada, segundo a qual os trabalhos da comissão ficaram prejudicados “a partir do momento em que a comissão não trabalha com todos os elementos enviados”.

O deputado referia-se à proibição do uso dos elementos recolhidos nos resumos de escutas enviados à comissão pela comarca do Baixo Vouga, relativos a conversas do ex-assessor da PT Paulo Penedos e do quadro do BCP Armando Vara.

João Oliveira, do PCP, repetiu o que tinha anunciado antes da reunião: fazer mais perguntas “seria um exercício inútil” dada a “falta seletiva de memória do primeiro ministro” verificada nas respostas às 74 perguntas enviadas.

João Oliveira destacou que a “falta seletiva de memória” verifica-se “particularmente em relação aos contactos com Rui Pedro Soares”, ex-administrador da PT a quem são apontadas ligações próximas ao Governo e ao primeiro ministro.

Uma conclusão já pode ser tirada, defendeu: “Dos dados obtidos e das audições [realizadas] há uma possibilidade de o relatório ser conclusivo em relação à falta de credibilidade de algumas informações que foram dadas”.

O deputado do BE, João Semedo, disse à saída da comissão de inquérito que “os esclarecimentos do primeiro ministro são suficientes naquilo que esclarecem”.

“Naquilo que não esclarecem tiraremos conclusões”, afirmou.

Cecília Meireles, do CDS-PP, admitiu que “há questões que ficaram pendentes mas que têm a ver com o facto de o primeiro ministro ter decidido responder por escrito”.

“A partir do momento em que toma esta decisão de responder por escrito”, fazer mais perguntas também por escrito seria “prolongar indefinidamente a comissão sem um efeito real de esclarecimento”.

O relatório da comissão de inquérito será apresentado no dia 11 de junho.

Questionado sobre o eventual envio das conclusões para o ministério público, o relator da comissão referiu que essa é sempre uma possibilidade prevista na lei.

“A comissão terá que avaliar. As conclusões políticas dizem respeito ao Parlamento. Se a comissão considerar que no material que foi recolhido existem elementos que devam chegar ao conhecimento da Justiça, essa é uma decisão natural”, disse João Semedo.

A comissão de inquérito termina os trabalhos no dia 14 de junho.

SF/GC/Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

terça-feira, 25 de maio de 2010

Face Oculta: Tribunal proíbe Sol de publicar conversas em que Rui Pedro Soares tenha participado

Lisboa, 25 mai (Lusa) -

"O Tribunal Cível de Lisboa decidiu hoje manter a proibição de o jornal Sol publicar conversas em que o ex-administrador da PT Rui Pedro Soares tenha participado, apesar de o semanário já ter editado várias notícias sobre o caso desde fevereiro.

A decisão obriga ainda o diretor do Sol, José António Saraiva, a pagar uma indemnização de 10 mil euros pela violação das providências cautelares apresentadas em fevereiro por Rio Pedro Soares, enquanto as jornalistas Felícia Cabrita e Ana Paula Azevedo terão de pagar 5 mil euros cada uma.

O tribunal "mantém a proibição de os jornalistas editarem, em papel ou na internet, ou em qualquer outro meio, conversações ou comunicações telefónicas em que Rui Pedro Soares tenha participado", refere a sentença.

O documento refere também "a condenação dos jornalistas no pagamento duma indemnização pecuniária compulsória por cada violação dessas providências cautelares, no valor de 10 mil euros para José António Saraiva e de 5 mil euros para Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita".

A providência cautelar contra o semanário Sol foi interposta a 9 de fevereiro deste ano pelo ex administrador da Portugal Telecom, que apareceu em escutas feitas a arguidos do caso Face Oculta, e visava a não publicação de conversas que o envolvam.

Apesar da apresentação da providência cautelar, o semanário Sol transcreveu extratos do despacho do juiz de Aveiro responsável pelo caso Face Oculta em que este considera haver "indícios muito fortes da existência de um plano", envolvendo o primeiro ministro, José Sócrates, para controlar a estação de televisão TVI. Do despacho constam transcrições de escutas telefónicas envolvendo Armando Vara, então administrador do BCP, Paulo Penedos, assessor jurídico da PT, e Rui Pedro Soares.

No âmbito deste processo, que investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas privadas e do sector empresarial do Estado, foram constituídos 18 arguidos, incluindo Armando Vara, que suspendeu as suas funções de vice-presidente do BCP.

Nas escutas feitas durante a investigação, foram intercetadas conversas entre Armando Vara e o primeiro ministro, José Sócrates, tendo o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, considerado que o seu conteúdo não tinha relevância criminal e o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, ordenou a destruição dessas escutas.

PMC/FC/CC/Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

segunda-feira, 24 de maio de 2010

A dar música ao Valupi, um blogger d'estalo e referência

Eis o singular Valupi que fez uma equipa de Plurais...que escreve bem(ele) que se desunha e luta contra a acédia, o novo nome do ex-Abrupto...
O Val que interpreta a realidade e o Cavaco como o Marcelo nunca logrará.
O Valupi, blogger de referência, merece música no violino da Sarah Chang...!
O Valupi que sim, pim! E que viva o Aspirina B !
Abraço.
Osvaldo Castro

Dulce Pontes, Canção do Mar

A ler outras Cartas...

Cuba dá sinais de recuo na repressão dos presos políticos ,El Pais;

O regresso dos intérpretes, Valupi, Aspirina B;

O princípio da realidade, Paulo Pedroso, Banco Corrido;

"Os malandros", Francisco Clamote, Terra dos Espantos;

A semana política...
O Jumento;

Actualidades políticas...Ana Paula Fitas,
A Nossa Candeia;

sexta-feira, 21 de maio de 2010

AR/Censura: José Sócrates diz que não havia alternativa ao aumento de impostos

Lisboa, 21 maio (Lusa)
"O primeiro ministro, José Sócrates, afirmou hoje que não havia alternativa ao aumento de impostos porque o Governo precisava de medidas que dessem resultados rapidamente, depois da alteração dos mercados financeiros.

“As medidas que tínhamos que apresentar para fazer face à situação não eram medidas que pudéssemos esperar um ano para obter resultados. Infelizmente não há alternativa ao aumento de impostos”, afirmou José Sócrates.

O primeiro ministro respondia ao líder do CDS-PP, Paulo Portas, que o tinha questionado com a garantia que o Governo tinha dado de que não aumentaria os impostos, no último debate quinzenal.

“A verdade é que a situação dos mercados financeiros, 15 dias do último conselho europeu, transformou e alterou por completo a situação. Quem não quiser ver, invocará sempre que isso não aconteceu, mas todo o mundo percebeu que o ambiente mudou. Isto obrigou a Comissão, o Banco Central Europeu e todos os governos a mudar”, disse José Sócrates.

Para José Sócrates, a alternativa ao aumento de impostos seria cortar “nos fundamentos do Estado social”, na saúde, na escola pública e na segurança social e, frisou, para isso “o Governo não estava disponível”.

“Ao fim destes sete meses que nos faltam nós temos que obter resultados”, afirmou, argumentando que todos os governo europeus tomaram medidas que visam “defender a moeda única e a credibilidade do projeto europeu”.

Portas lamentou que o primeiro ministro “ache normal” que o Governo faça um “aumento de impostos por despacho”, sem “lei habilitante” aprovada no Parlamento.

Perante as críticas do líder democrata cristão, José Sócrates acusou Paulo Portas de “ter escolhido a popularidade fácil” ao invés da responsabilidade com o “único objetivo de agradar ao eleitorado”.

SF/Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Um link mais que inevitável ao "Sine Die", para ler com rigor o artigo 34º,nº4 da CRP

Para quem ainda tem dúvidas sobre a inconstitucionalidade do uso de escutas telefónicas fora do processo penal, será de ler os posts do "Sine Die" dos magistrados Eduardo Maia Costa e Pedro Soares de Albergaria.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

De Madrid, um link inevitável para o DN...



De Madrid, onde decorre, no âmbito da presidência espanhola da Uniao Europeia, a Conferência de presidentes das Comissoes de Justiça e Administraçao Interna, aqui fica a primeira parte do Editorial do Diário de Notícias de hoje, um testemunho de que há jornalistas atentos e respeitadores dos princípios constitucionais...coisa, aliás, de que nunca duvidei.
Brincando com o fogo
" O apuramento da verdade dos factos passados é assunto muito sério, que a justiça num Estado democrático procura deslindar com um conjunto de regras testadas pelo tempo. Não é por capricho de um juiz, em particular, que o diz-que-disse não é suficiente para fundamentar uma qualquer acusação judicial. Quando devidamente autorizadas, as escutas podem fornecer pistas, mas a investigação posterior tem de as corroborar com provas materiais. Caso contrário, são descartadas por serem boatos ou difamações. A investigação do negócio de sucatas e do eventual tráfico de influências a ele ligado, que está na base das escutas agora consultadas, ainda está em fase de instrução. Pelo crivo exigente das malhas da justiça ainda não sabemos se as conversas captadas de A com B são ou não são relevantes.

Acontece que dois partidos - o PSD e o PCP - consultaram o acervo de escutas oriundas da Comarca do Alto Vouga, enquanto os restantes três - PS, BE e CDS/PP -, demarcando bem o que deve ser tarefa da justiça daquilo que compete ser feito pela política, se recusaram a fazê-lo. O resultado está à vista; o deputado Pacheco Pereira (PSD) declarou que o conteúdo dessas escutas é "avassalador", razão pela qual requereu nova ronda de audições a seis personalidades ligadas ao caso PT/TVI. Zeinal Bava deveria, assim, ser ouvido pela terceira vez. A quarta, se se tiver em conta a ida à Comissão de Ética.

Num momento em que o presidente da comissão executiva da PT anda pelo mundo a tentar defender a sua empresa do ataque da Telefónica, é de estranhar que o Parlamento português o queira ouvir repetir pela enésima vez duas frases que Zeinal Bava esgotou na sessão especial de domingo passado: "Já disse várias vezes" e "já disse anteriormente".

Ainda quanto às escutas: o Parlamento está a brincar com o fogo, politizando a justiça, em clara violação do princípio axial de um Estado de direito, a separação de poderes. Felizmente, o presidente da Comissão de Inquérito, Mota Amaral, que é também deputado do PSD, fez ontem uma clara escolha pela responsabilidade contra a demagogia e o populismo encenado por Pacheco Pereira e proibiu as referências ao conteúdo das escutas telefónicas na comissão e no relatório, considerando que isso é inconstitucional. Seria com certeza. E também uma inaceitável violação do segredo de justiça..."

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Revisão Constitucional: "Seria um erro enorme" na atual conjuntura,diz Jorge Miranda

Lisboa, 16 mai (Lusa)
"O constitucionalista Jorge Miranda considerou hoje que seria "um erro enorme" desencadear este ano um processo de revisão constitucional, face à grave situação económica e social que o país atravessa e à proximidade de eleições presidenciais.

"Uma Constituição pode ser sempre aperfeiçoada e a nossa tem sido aperfeiçoada, uma vezes mais, outras menos, ao logo de sucessivas revisões. Há coisas que podem ser melhoradas, agora neste momento em concreto, em 2010, com uma gravíssima crise económica, social e financeira e também quase na véspera de eleições presidenciais, não me parece que seja, de modo algum, o momento adequado para se entrar num processo de revisão constitucional", declarou Jorge Miranda à agência Lusa.

Para Jorge Miranda, este tema não deve ir além da mera expressão de ideias nos próximos tempos: "Abrir na Assembleia da República um processo de revisão constitucional, acho que seria um erro enorme".

"As pessoas não compreenderiam, quando se debatem com dificuldades enormes no plano económico verem a Assembleia da República a meter-se numa revisão constitucional, em vez de discutir os problemas do país. Seria extremamente negativo para o próprio prestígio do Parlamento e da classe política", sustentou.

Questionado sobre a posição do PSD a este respeito, o constitucionalista afirmou desconhecer a totalidade do seu conteúdo, mas admitiu ter conhecimento algumas opiniões com as quais discorda.

"Já ouvi e li que queria em matéria de direitos sociais diminuir um pouco a intervenção do Estado. Quanto a isso, não concordo de modo algum. Os direitos sociais, e particularmente numa época de crise, têm de se manter intocados. Não se pode mexer nisso. São ainda mais necessários do que numa época de desenvolvimento e forte crescimento económico", justificou.

Em abril, o deputado social democrata e também constitucionalista Jorge Bacelar Gouveia propôs perante o Congresso Nacional do PSD uma alteração aos poderes do Chefe de Estado quanto à possibilidade de dissolução do Parlamento.

Falando perante os congressistas sobre a proposta de revisão constitucional que quer ver promovida pelo PSD nesta legislatura, Bacelar Gouveia, apoiante do atual líder do partido Pedro Passos Coelho, lembrou o que considerou ter sido "a infeliz dissolução da Assembleia da República em 2004".

No dia seguinte, Passos Coelho garantiu, à saída do congresso, que a revisão constitucional é uma prioridade para o PSD, em resposta às declarações do líder da bancada parlamentar do PS.

Francisco Assis, em reação a Passos Coelho, havia dito que a prioridade do PS era o combate à crise e não a revisão constitucional proposta pelo novo presidente do PSD.

Passos Coelho encerrou o XXXIII Congresso do PSD com um apelo a uma revisão constitucional urgente, concluída antes das presidenciais.

Ressalvou que pretende manter intactos os atuais poderes do Presidente da República e apontou como alguns dos objetivos aumentar a liberdade de escolha dos portugueses na saúde e alterar o sistema eleitoral para aproximar eleitos e eleitores.

Poucos dias depois, o primeiro ministro advertiu o PSD de que o PS nunca aceitará usar a revisão constitucional para "enfraquecer" o Estado social nos domínios da saúde e da educação e que não considera este processo prioritário.

José Sócrates falava no debate quinzenal, no Parlamento, após uma intervenção de Francisco Assis, que também levantara dúvidas sobre os objetivos do PSD em relação ao processo."

AH/JPF/PMF/SMA/LUSA

+++ Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico +++

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desempenho do PIB demonstra "boa capacidade" de recuperação da economia....

Lisboa, 12 mai (Lusa)
"O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, destacou hoje a "boa capacidade" de recuperação da economia portuguesa, demonstrada pelo desempenho do PIB no primeiro trimestre do ano, hoje divulgado pelo INE.

"Estes números revelam uma boa capacidade de recuperação da economia portuguesa, tendo em conta que é o setor exportador que dá aqui um contributo positivo neste crescimento", disse o ministro, em declarações à agência Lusa, reforçando a necessidade de o país continuar a apostar no reforço da competitividade.

Por outro lado, de acordo com Teixeira dos Santos, os valores divulgados dão "conforto" ao Governo para considerar que a previsão para o comportamento da economia no conjunto de 2010 (de um crescimento de 0,7 por cento) é "acertada e realista".

Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a economia portuguesa cresceu 1,7 por cento no primeiro trimestre do ano em relação ao período homólogo e avançou 1 por cento face aos três meses anteriores.

O ministro das Finanças destaca, a propósito, que se trata do maior crescimento do PIB em cadeia entre os países da União Europeia e o segundo mais forte, em termos homólogos.

Neste momento, segundo Teixeira dos Santos, Portugal encontra-se a braços com dois desafios diferentes.

Por um lado, explicou, o relançamento da actividade económica e a recuperação do crescimento do país e, por outro lado, as medidas de consolidação orçamental, que são "essenciais", uma vez que é necessário "gerar condições de reforço da confiança dos mercados internacionais na economia portuguesa".

"Para isso é importante não só que a economia dê sinais positivos, mas é também importante que nós, na nossa política orçamental, consigamos dar sinais de empenhamento e esforço de consolidação orçamental que é mais exigente, atendendo às condições do mercado", disse.

Depois dos compromissos assumidos por Portugal perante Bruxelas, é assim "fundamental", de acordo com Teixeira dos Santos, que os sinais sejam dados de forma a recuperar a confiança dos investidores na economia portuguesa."


ICO/Lusa

*** Texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

domingo, 9 de maio de 2010

Antes que acabe o Dia da Europa...e os 65 anos do fim da guerra no Velho Continente

Que Viva a Vida

( a célebre fotografia do amoroso beijo da Vitória entre um marinheiro e uma enfermeira, em Times Square, pela mão do inesquecível fotógrafo Alfred Eisenstaedt)

O Hino da resistência francesa, 65 anos depois


Mireille Mathieu dá voz ao canto da resistência francesa que alastrou pela Europa dos combatentes contra o exército de ocupação nazi.Conjuntamente com a canção "Bella Ciao" terão sido verdadeiramente os Hinos de apelo à resistência e ao combate na Europa Ocidental, onde as brutais hostilidades cessaram em 8 de Maio de 1945, já lá vão 65 anos.
Em 22 de Abril desse ano, Berlim caíu às mãos das tropas soviéticas.A 30 de Abril Hitler põe termo à vida no seu "bunker". A 7 de Maio de 1945 os restos do governo nazi rendeu-se incondicionalmente às tropas Aliadas, integradas por americanos, russos, ingleses e franceses.
A guerra estava terminada em 8 de Maio, por força do clamor de vitória nas ruas e formalmente, a 9 de Maio, por isso, hoje, considerado o Dia da Europa.


OC

sábado, 8 de maio de 2010

Tchaikovsky, Quebra-Nozes, Valsa das flores

Em homenagem do autor do Lago dos Cisnes, do Quebra-Nozes e de algumas das melhores partituras musicais de sempre. Nasceu em 7 de Maio de 1840, num século de grandes compositores e incontornável para a dimensão global da música clássica.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

O diálogo político construtivo no País

A recente reunião realizada entre o 1ºministro José Sócrates e o líder do maior partido da oposição, Pedro Passos Coelho, é um bom sinal do diálogo político construtivo em Portugal e revela uma inequívoca alteração de comportamento do PSD e do seu novel líder. Em vez da política de “asfixia democrática” que foi bandeira desfraldada pela anterior líder, Manuela Ferreira Leite, e que se revelou desastrosa e foi clamorosamente derrotada em eleições legislativas, o novo estilo de Passos Coelho, para além do sentido patriótico revelado, patenteia um claro sinal de assumpção de responsabilidades na exacta medida em que o país delas carece. E, obviamente, como se verifica pela mais recente sondagem do Barómetro da TSF e do Diário Económico, o novo líder do PSD colheu frutuosos dividendos da habilidade política com que lidou com a situação do ataque especulativo ao Euro ocorrida na passada semana.
O que se consubstancia numa afirmação de sensibilidade política apurada, de que, reconheça-se, muitos duvidavam no dia seguinte às eleições internas do PSD e à evidente vitória de Pedro Passos Coelho. A verdade é que, menos de um mês passado sobre a sua posse como líder, o novo presidente social-democrata deu uma clara lição de sentido de estado, afirmando-se como o líder indiscutível e indiscutido do PSD. Dê-se a mão à palmatória, Passos Coelho tem o partido na mão e, contrariamente ao que eu próprio aqui admiti na última Crónica, não vejo quem, no PSD, esteja em melhores condições do que ele para disputar as próximas eleições legislativas.
Pese embora o sentido construtivo do encontro entre os dois líderes, que terão acertado acompanhar em conjunto a situação financeira e a execução da estratégia de consolidação orçamental, o que poderá reforçar a confiança dos mercados na economia portuguesa e poderá contribuir para aumentar a capacidade de cumprir os objectivos programados no PEC, a verdade é que as declarações proferidas, por si só, não resolvem todos os problemas que Portugal enfrenta, designadamente a reiterada ofensiva especulativa contra o Euro materializada nas acções das Agências de “rating” contra a Grécia, Portugal e Espanha.
A verdade é que, no caso português, a informação já disponível revela uma evolução positiva no 1º trimestre no concernente aos indicadores da economia, indiciando uma trajectória de recuperação reiterada e dados consistentes, em matéria de receita e despesa, com os objectivos orçamentais inscritos e definidos.
Mas nem isso impediu a fúria especulativa dos que querem pôr em causa o Euro no seu conjunto e a dívida pública soberana de diversos países europeus.
Do que se trata, sem margem para dúvidas é de um desafio ao Euro e à União Europeia, o que só se pode atalhar com uma resposta firme, conjunta e solidária por parte dos estados da União.
Tal resposta, que começou a ser dada com clareza com o vultuoso empréstimo à Grécia, poderá ser o verdadeiro sinal de confiança de que as economias e os mercados mundiais precisam para confiarem na robustez do Euro e para que os próprios estados da União e os membros da Zona Euro sintam com confiança que é na solidariedade inter-estadual que reside a maior força da moeda única.
Mas obviamente, Portugal tem que prosseguir o seu próprio caminho de exigência e rigor, mesmo sabendo que pode contar com a solidariedade da União Europeia em caso de dificuldades inesperadas.
Não se trata de cair numa qualquer obsessão com o défice, como sucedeu com Ferreira Leite, mas antes de encontrar a forma de fundir criativamente os objectivos de redução do défice com a indispensável consolidação da recuperação económica.
Urge manter as prioridades anteriormente definidas, o mesmo é dizer, a recuperação da economia e o crescimento do emprego. Para tal há que ter a coragem, mesmo que reavaliando o investimento público, de concentrar investimento público em obras de proximidade, como, aliás, se tem feito em escolas, lares, creches, entre outras e apostar nas três grandes obras estruturantes cujo investimento ou tem apoios comunitários, ou é fruto de parcerias público-privadas, ou está disseminado no tempo, como é o caso do troço do TGV para Madrid, do aeroporto ou da terceira travessia do Tejo.
Para tanto há que saber mobilizar os portugueses para o enérgico combate à crise, garantindo o objectivo de consolidação das contas públicas, com especial acento no lado da despesa e no combate ao desperdício e à ineficiência e promovendo, com segurança e firmeza, as medidas indispensáveis ao crescimento económico e à consequente recuperação do emprego.

Osvaldo Castro

(publicado no Jornal de Leiria de 6 de Maio de 2010)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Governo/TVI: Entrevista de Zeinal Bava decidiu Governo

Lisboa, 05 mai (Lusa)
"- O ministro da Presidência afirmou hoje que foi a entrevista do presidente da comissão executiva da PT a “defender o negócio” da compra da TVI que “tornou necessário” que o Governo comunicasse formalmente a sua oposição ao negócio.

“Foi portanto essa entrevista do engenheiro Zeinal Bava que defendeu, aliás brilhantemente, esse negócio de acordo com os interesses estratégicos da PT, que tornou necessário, justificável e bastante compreensível para quem esteja de boa fé que o Governo tenha no dia seguinte a necessidade” de comunicar formalmente a oposição ao negócio.

Pedro Silva Pereira respondia aos jornalistas à saída da comissão de inquérito onde prestou depoimento sobre a atuação do Governo na tentativa de compra da TVI pela PT.

Desde a audição do presidente da PT, Henrique Granadeiro, na semana passada, que os deputados da oposição têm levantado uma dúvida: se o primeiro ministro foi informado pelo presidente da PT, na noite do dia 25 de junho de 2009, que o negócio não iria para a frente, porque é que o Governo decidiu convocar uma reunião com a PT para o dia seguinte para lhe comunicar que se opõe ao negócio?

Confrontado com essa questão pelos jornalistas, Silva Pereira admitiu que o primeiro ministro teve, da parte de Granadeiro, “uma informação” sobre “a inviabilização” do negócio na noite de 25 de junho, mas frisou que “à mesma hora o engenheiro Zeinal Bava estava na televisão [na RTP] a defender o negócio”.

O objetivo do Governo, disse Pedro Silva Pereira, foi “clarificar formalmente e publicamente a sua posição de oposição a esse negócio” para que “não restasse nenhuma suspeita” de que o Governo pretendia interferir na linha editorial da TVI.

À saída da reunião, o ministro criticou o deputado do BE João Semedo de “ter feito acusações com ligeireza” e de ter “ideias preconcebidas”.

“É verdade que do que vi hoje aqui, que o deputado especialmente investido como relator desta comissão, primeiro tira as conclusões e depois faz as perguntas. Isso não é nada animador” em matéria de isenção, disse Pedro Silva Pereira.

Para o ministro, “é a credibilidade do Parlamento que está em causa”.

Tal como tinha feito na reunião da comissão, Silva Pereira afirmou que “é totalmente infundada a acusação” de que teria tido acesso a informação privilegiada no dia 25 de junho de 2009.

“Percebo que há deputados que têm uma tese para tentar salvar, a de que o primeiro ministro mentiu ao Parlamento” quando disse no dia 24 de junho não ter sido informado sobre a tentativa de compra da TVI pela PT.

Silva Pereira sublinhou ainda que “das 80 perguntas” que os deputados da comissão vão enviar ao primeiro ministro “não há nenhuma que o confronte com o contrário do que ele disse”.

SF/Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Goya, "Os fuzilamentos de 3 de Maio de 1808"



Trata-se dos célebres fuzilamentos na montanha do Príncipe Pio,nos arredores de Madrid,na noite e madrugada de 2 para 3 de Maio de 1808. Os invasores franceses, as tropas de Napoleão, que chegariam também a Portugal, aprisionavam e fuzilavam os madrilenos que se revoltavam em defesa da independência de Espanha.
Francisco de Goya retratou a violência dos factos, em tela, passados 6 anos,em 1814.
OC