A redução do número de escalões do IRS anunciada pelo Governo para o próximo ano faz sentido em termos conceptuais, mas vai prejudicar “claramente” a classe média, disse hoje à agência Lusa o fiscalista Rogério Fernandes Ferreira.“Do ponto de vista conceptual, faz sentido reduzir o número de escalões do IRS. Actualmente temos oito [escalões] e ainda com uma taxa adicional de 2,5%, portanto, são imensos escalões”, explicou o fiscalista, acrescentando que “tornar o IRS mais simples é positivo”. No entanto, ressalvou Rogério Fernandes Ferreira, a simplificação dos escalões foi aproveitada “para aumentar, de facto, o IRS incidente sobre os rendimentos”. Um aumento que, de acordo com o fiscalista, vai prejudicar “claramente” a classe média. Apesar de sublinhar ser preciso conhecer ainda os pormenores, Rogério Fernandes Ferreira admite ter dúvidas sobre a eficácia da nova medida. “Temos compromissos de défice e o défice consegue-se por via das receitas e por via das despesas. Se não se consegue reduzir as despesas o necessário para atingir o valor a que estamos comprometidos, nem se consegue aumentar as receitas até ao valor do défice, tem de haver um mix”, refere. (LER AQUI)
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