sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Dia Não",Poema de Saramago na música e voz de Luís Cília

10 comentários:

Ana Brito disse...

Caro Osvaldo
Hoje entrelaçam-se emoções e acontecem intercâmbios pessoais e até mais íntimos nos refúgios do eu: solidarizamo-nos em torno de uma perda que nos causa impacto, mas Saramago perdurará entre nós e através dele continuaremos a explorar zonas desconhecidas e a partilhar os conhecimentos e as experiências de vida que nos legou como mentor de um pensamento revolucionário, como um intelectual que sempre soube arriscar algo de si pelo outro, investindo os outros de um poder opinativo, estimulando a inovação e a criatividade e a utilização de competências na comunicação afectiva, social, política e cultural.
Um Abraço Amigo
Ana Brito

Ana Paula Fitas disse...

Caro e bom amigo Osvaldo Castro,
Obrigado!... muito obrigado por dar a conhecer este extraordinário poema de José Saramago, na voz de Luís Cília. Saiba até que acabei de ouvir na entrevista que o Escritor e o Homem deu a José Rodrigues dos Santos, no programa "Conversas de Escritores", na RTP 1, estas palavras que passo a citar, ditas pelo próprio: "«Não» é a palavra mais importante... dizem que é satânica porque se diz que Satã é o que nega; eu digo: Não - é a palavra mais importante. A Revolução é Não... um Não ao Status Quo... o problema é que as pessoas se deixam corromper e o Não que disseram torna-se «Sim» e aí é preciso que apareça um outro «Não»..." :)
Irei escrever amanhã sobre o que já decidi ir intitular-se: "Dialéctica do Não..." e, se me permite, farei link, para este seu excelente post.
Um grande abraço.

leonardo.verde disse...

Luis cília musicou vários poemas de Saramago. Este foi musicado em 1964... nessa altura o Luis "já sabia que saramago viria a ser prémio Nonel. No youtube está tb contracanto de Saramago cantado pelo Luis nos idos anos sessenta na tv francesa.. outros tempos

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Brito,
Sim, Saramago não morre...fica cá ao lado da Blimunda, no Hotel Bragança encarnando Ricardo Reis e cantando no coral alentejano, ali próximo de Lavre onde escreveu o "Levantados do Chão".
Abraço Amigo,
OC

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Paula Fitas,
Já deixei na S/ "box" o agradecimento pelo link com que quis honrar-me, uma vez mais...
Como sei que hoje se alonga em viagem pela lonjura das terras que atravessam a ribeira de Lavre, onde Saramago concebeu e deu forma a "Levantados do Chão",peço-lhe que entoe um cante alentejano em homenagem à vida de um escritor de origem modesta que se alcandorou aos píncaros da literatura mundial...E que Ricardo Reis e a Blimunda a acompanhem...
Boa Viagem, bom descanso,
Abraço Amigo,
OC

Carta a Garcia disse...

Caro Leonardo,

Sim, sei que Luís Cília também musicou e cantou "Contracanto"...
apenas optei por "Dia Não" por ser sabida a importância que nos seus poemas,nos seus romances e entrevistas, Saramago dava à substância da expressão "Não"...
Obrigado de todo o modo.
Grato pela visita, volte sempre!
Saudações,
Osvaldo Castro

F. Pedro disse...

Obrigado dr. Osvaldo,
Foi bom rever Luís Cília cuja voz me acompanhou, e aos meus amigos, em serões que tinham tanto de tertúlia como de clandestinos!

E como é belo o poema de José Saramago que, musicado e cantado assim, nos faz criar ganas de voltar aos tempos das canções de intervenção...

Esta é uma outra forma de recordarmos Saramago.
Oxalá o saibamos fazer pelos tempos fora, na continuada luta que teremos, inevitavelmente, de travar contra as desigualdades e as mentiras.

Um abraço. Obrigado, de novo.

Monteiro disse...

Amigo
Na tropa cantei dezenas, centenas, sei lá, milhares de vezes esta canção que eu ignorava ser um poema do José Saramago e música de Luís Cília. Agora acidentalmente dei com ela e
já a fiz circular pelos meus amigos em homenagem a José Saramago. Obrigado

Carta a Garcia disse...

Caro F. Pedro,

É sempre um gosto ler as S/ palavras...e uma honra que me visite no blogue. Sim, trata-se de canções que ajudaram a forjar a nossa luta de resistência. Deixam saudades mas igualmente responsabilidade nas lutas que se nos vão continuar a pôr por diante.
Um grande abraço,
OC

Carta a Garcia disse...

Caro Monteiro,

Também eu a cantei na tropa inúmeras vezes e talvez por isso me tenha lembrado dela...
Concordo que é uma bela homenagem a uma faceta menos conhecida do Saramago, a de poeta.
Obrigado pela S/ visita.Volte sempre,
Saudações