sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sócrates,Indicadores provisórios da receita entre janeiro e maio indicam subida de 4,7 por cento


Lisboa, 04 jun (Lusa)
O primeiro ministro anunciou hoje que os indicadores provisórios da receita entre janeiro e maio indicam uma subida de 4,7 por cento, considerando que essa execução dá “conforto e segurança” para garantir os objetivos orçamentais para este ano.

“A verdade é que nós já temos os indicadores provisórios da receita entre janeiro e maio e esses indicadores são muito positivos. A receita entre janeiro e maio sobe 4,7 por cento, o que quer dizer 3,5 acima daquilo que está orçamentado”, afirmou o chefe do executivo, José Sócrates, durante o debate quinzenal na Assembleia da República.

Ou seja, sublinhou, a execução orçamental nos primeiros cinco meses do ano “prova que as coisas e a orientação orçamental vai no sentido correto”.

“Entre janeiro e maio nós já temos uma execução e a verdade é que essa execução nos dá conforto e segurança para podermos garantir os objetivos orçamentais para este ano e recordo que o objetivo orçamental para este ano é de 7,3”, acrescentou.

Desta forma, notou, a realidade prova que, ao contrário das acusações que foram feitas Governo, as previsões não foram “excessivamente otimistas.

“A realidade veio a mostrar que não fomos nada otimistas, pelo contrário, fomos muito prudentes”, frisou, considerando que o comportamento económico de Portugal nos primeiros cinco meses do ano foi “digno de um país que está a recuperar a sua economia”.

José Sócrates, que respondia às questões colocadas pela bancada socialista, revelou ainda que em maio registou-se “uma subida do IVA líquido de cerca de 30 por cento”, o que “diz muito da actividade económica”.

Além disso, continuou, entre janeiro e maio deste ano a subida das receitas do IVA líquidas são de 18,8 por cento, o que oferece “uma segurança e uma margem orçamental muito positiva”.

Ainda em resposta ao líder do grupo parlamentar socialista, o primeiro ministro falou também da União Europeia reiterando a ideia que a crise económica e financeira que teve início em 2008 trouxe “lições muito importante”, nomeadamente o ensinamento de que os estados membros devem manter-se unidos.

“Responderemos melhor em conjunto do que isolados”, defendeu, preconizando “uma maior integração das políticas económicas”.

Pois, lembrou, “como se viu nos primeiros três meses deste ano a manifestação de indecisões egoístas e não considerando o interesse europeu levaram ao agravamento da situação”.

Antes, o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, tinha já alertado para o facto da Europa não ser “homogénea”, existindo ainda zonas que têm de ser protegidas, e deixando críticas à forma de agir do Governo alemão.

“A resposta da direita alemã não é a que nos interessa”, disse.

VAM/Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***





2 comentários:

Ana Brito disse...

Caro Osvaldo
Começam a ser ligeiramente animadores os resultados do processo económico. Se considerarmos produto, despesa e rendimento social ou nacional...é altura de pensar na noção de equilíbrio no nosso sistema econónico, porque as famílias compram o que se produz, orientando-se a despesa em função do produto, embora gastem o dinheiro que recebem e, por isso, haja tendência a igualar a despesa ao rendimento. Daqui podemos enveredar por um circuito em hipóteses mais complexas, nomeadamente, no que concerne a actividade do Estado, relações com o exterior, formação de capital e poupança.Se abandonarmos o circuito real passando a pensar apenas com os fluxos de despesas de consumo das famílias e de salários e lucros podemos não ter possibilidade de medir o produto no seu modelo mais complexo e teremos de reconstruir tudo a partir do circuito real, sacrificando os cálculos da despesa e do rendimento ou conservar e aperfeiçoar os dois. Realmente o Estado tem de fazer bem as contas - até pode gastar mais do que recolhe.
Desejo que a configuração da contabilidade nacional assente na ideia de que se podem estabelecer contabilidades nacionais em que apareçam muitas outras contas e fluxos capazes de por si construir uma conta de produção ou de formação de rendimento agradável para o nosso país - esteja a ser correctamente avaliada e transmitida aos portugueses.
Um Abraço Amigo
Ana Brito

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Brito,

Bem de acordo com as S/ opiniões.Apenas pretendi dar conta de elementos oficiais divulgados pelo 1ºministro no debate de 6ª feira. Parece haver um fio consistente, ainda que tímido, no que toca às receitas...Agora é preciso ganhar a confiança dos consumidores internos, que embora atingidos pelas medidas recentes não podem cair na ideia do aforro debaixo do colchão, já que tal poderá ajudar à recessão...
A ver vamos, parece haver uma resposta positiva nos sectores exportadores e na recolha de impostos...
Abraço Amigo,