sexta-feira, 11 de junho de 2010

"Canção de Lisboa", Vasco Santana e Beatriz Costa

2 comentários:

Ana Brito disse...

Caro Osvaldo
Realizado por Cottinelli Telmo, este 1º sonoro português continua a ser uma delícia. Foi um êxito devido ao carácter tipicamente português das suas personagens e das situações que conduziam à identificação dos espectadores com o filme, acrescendo as canções que depressa se popularizaram.
Ocorre-me que na mesma data, 1933, António Ferro ficou à frente do SPN e, mais tarde, do SNI. O filme sonoro implicou mudanças radicais e, para além dos processos, dos equipamentos e do poder que passa a exercer sobre a audiência portuguesa, não podemos esquecer que o bom uso da palavra foi útil para defender a moral e servir a propaganda. Temas prometedores aumentam o ruído, esvaziando-se subtilezas do mundo. Promove-se a propaganda e a ideologia do regime, tantas vezes, para a conversão dos descrentes. É neste género de produção que assenta a imagem ideal do país detentor de uma história também idealizada e baseada numa vida rural com uma população tipificada através dos costumes e trajos regionais. E, assim, é passada a mensagem política do regime, os valores da Nação, a cidadania ideal, enfim, o painel de vida do país que tem como objectivo manter e defender a imagem do Estado Novo. A década de 30 é a época áurea da comédia, que, em questões de amor, se envolve com o musical.
Desenvolveu-se, progressivamente, a máquina dos sonhos a preto e branco do Estado Novo.
Um Abraço Amigo
Ana Brito

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Brito,

Obrigado pelo S/ Comentário que muito valoriza e complemento o vídeo que postei.

Abraço Amigo,