sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Especuladores perceberam determinação europeia em defender a moeda única, diz Sócrates

Mar del Plata, 03 dez (Lusa)

"O primeiro-ministro considerou hoje que os juros da dívida pública portuguesa estão agora a baixar porque os especuladores perceberam a determinação das instituições europeias em defender o euro, num processo em que Portugal consolidará as suas finanças.

José Sócrates falava aos jornalistas em Mar del Plata, onde até sábado participará juntamente com o Presidente da República, Cavaco Silva, na XX Cimeira Ibero Americana.

Esta manhã os juros da dívida portuguesa a dez anos continuavam a cair, um dia depois de o presidente do Banco Central Europeu (BCE) ter anunciado a continuação da compra de obrigações soberanas.

Pelas 10:10, os juros estavam a negociar, em média, nos 5,842 por cento, abaixo dos 6,141 por cento de quinta-feira.

Para o primeiro-ministro, “aqueles que especulavam com as dívidas perceberam que as instituições europeias estavam a falar a sério quando afirmaram que iriam defender a estabilidade do euro".

“Julgo que os fenómenos de especulação pararam quando se depararam com a determinação das instituições europeias – e quando falo das instituições europeias falo de todas e também dos Estados-membros, porque Portugal está empenhado e terá este ano um défice de 7,3 por cento, que é menor em dois pontos percentuais do que o de 2009”,
acentuou.

De acordo com o primeiro-ministro, Portugal será um dos países que mais consolidará ao nível do défice e para o ano, com o esforço orçamental previsto, o défice será reduzido para 4,6 por cento, colocando o país protegido desta tempestade de instabilidade dos mercados”.

“Acho que os investidores perceberam que a Europa estava absolutamente determinada em preservar as condições de estabilidade do euro”, frisou.

Sócrates disse ainda que a decisão do BCE de comprar dívida portuguesa “não foi tomada agora”, sendo antes “anterior, de maio”.

*** Pedro Morais Fonseca e José Goulão (fotos), Agência Lusa ***

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

4 comentários:

folha seca disse...

Caro Osvaldo
Boas notícias.
Pena que aquele valor de mais valias que vão ser distribuídas antes de tempo aos accionistas da PT e a mais algumas, o fossem na altura certa (e habitual) e fossem tributadas de acordo com o orçamento aprovado para 2011. Podiam ser uns trocos, mas melhoravam as boas notícias.
Abraço

Ana Brito disse...

Caro Amigo Osvaldo
Que a estabilidade do euro seja de facto uma realidade no sentido da sustentabilidade e que Porutgal caminhe em frente na consolidação da sua economia com determinismo e confiança.
Grande Abraço com Amizade :)
Ana Brito

Carta a Garcia disse...

Caro Folha Seca,

O importante são as boas notícias de que os especuladores parecem começar a meter as unhas para dentro.
Quanto à imoralidade da antecipação da distribuição dos dividendos, do meu ponto de vista, responde-se com política, não com decisões jurídicas, ainda por cima controversas.
Creio que as empresas que agiram violando códigos morais não escritos, poderão estar à mercê de naturais restrições em matéria de futuros licenciamentos...
Abraço,

Carta a Garcia disse...

Ana Brito,

Valho-me das S/ palavras e argumentos para crer que poderemos atingir os nossos desideratos principais.
Estabilidade do euro, consolidação orçamental, com redução do défice para 4,6% , em 2011, e procurar evitar, pela via do aumento das exportações e de melhorias de produtividade, que o país caia numa situação recessiva, mercê das medidas austeras que o OE contém.
Abraço Amigo,