Lisboa, 06 mar (Lusa)
Os investigadores do caso Freeport estão atualmente a ler o relatório pericial para ver se há lacunas ou contradições, não tendo na sua posse novos indícios que justifique uma deslocação a Londres, disse hoje à Lusa fonte judicial.
A mesma fonte adiantou que os investigadores estão também a fazer as "diligências complementares necessárias, mas que não passam por uma deslocação a Londres, nem essa questão foi suscitada".
A fonte disse ainda não haver novos indícios contra o primeiro ministro, José Sócrates, ao contrário do que noticia a edição de hoje do Expresso.
O semanário revela que "o regresso a Londres ainda este mês para uma ronda final de inquirições a cidadãos ingleses vai ser determinante para a equipa de inspetores e procuradores decidirem em definitivo o que fazer em relação a José Sócrates: deixá-lo de lado ou propor ao Procurador-Geral da República uma investigação direta ao primeiro ministro, incluindo às suas contas bancárias".
O Expresso adianta ainda que "haverá no lote de informação recolhida em Inglaterra, em dezembro de 2009, um documento de um responsável financeiro do Freeport com alusões explícitas à alega necessidade de pagar luvas a um triângulo de figuras - a Sócrates e outros membros do Governo".
O jornal diz ainda que "a PJ já concluiu a análise pericial dos milhares de páginas, de documentação financeira entregues pelo Serious Fraud Office", não tendo encontrado "provas de transferências diretas de dinheiro para sustentar a suspeita de que a aprovação do Freeport teria como contrapartida o financiamento ilegal do PS através do então ministro do Ambiente", José Sócrates.
Contactada pela Agência Lusa, a diretora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, recusou fazer, para já, qualquer comentário.
No passado dia 24 de fevereiro, no parlamento, Cândida Almeida apontou o mês de abril como "teto temporal" para a conclusão da investigação do caso Freeport e, para "repor um pouco a verdade", assegurou que o primeiro ministro não é arguido neste inquérito que "está no fim".
O processo relativo ao Freeport investiga alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento do centro comercial, em 2002, quando o atual primeiro ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.
São arguidos no processo Charles Smith (que esteve envolvido no licenciamento do Freeport), Carlos Guerra (ex-presidente do Instituto da Conservação da Natureza), José Dias Inocêncio (antigo presidente da Câmara de Alcochete), José Manuel Marques (antigo assessor da autarquia), Manuel Pedro (sócio de Charles Smith na empresa Smith & Pedro) e Eduardo Capinha Lopes (responsável pelo projeto de arquitetura).
CMP/DDA/FC -Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
A mesma fonte adiantou que os investigadores estão também a fazer as "diligências complementares necessárias, mas que não passam por uma deslocação a Londres, nem essa questão foi suscitada".
A fonte disse ainda não haver novos indícios contra o primeiro ministro, José Sócrates, ao contrário do que noticia a edição de hoje do Expresso.
O semanário revela que "o regresso a Londres ainda este mês para uma ronda final de inquirições a cidadãos ingleses vai ser determinante para a equipa de inspetores e procuradores decidirem em definitivo o que fazer em relação a José Sócrates: deixá-lo de lado ou propor ao Procurador-Geral da República uma investigação direta ao primeiro ministro, incluindo às suas contas bancárias".
O Expresso adianta ainda que "haverá no lote de informação recolhida em Inglaterra, em dezembro de 2009, um documento de um responsável financeiro do Freeport com alusões explícitas à alega necessidade de pagar luvas a um triângulo de figuras - a Sócrates e outros membros do Governo".
O jornal diz ainda que "a PJ já concluiu a análise pericial dos milhares de páginas, de documentação financeira entregues pelo Serious Fraud Office", não tendo encontrado "provas de transferências diretas de dinheiro para sustentar a suspeita de que a aprovação do Freeport teria como contrapartida o financiamento ilegal do PS através do então ministro do Ambiente", José Sócrates.
Contactada pela Agência Lusa, a diretora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Cândida Almeida, recusou fazer, para já, qualquer comentário.
No passado dia 24 de fevereiro, no parlamento, Cândida Almeida apontou o mês de abril como "teto temporal" para a conclusão da investigação do caso Freeport e, para "repor um pouco a verdade", assegurou que o primeiro ministro não é arguido neste inquérito que "está no fim".
O processo relativo ao Freeport investiga alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento do centro comercial, em 2002, quando o atual primeiro ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.
São arguidos no processo Charles Smith (que esteve envolvido no licenciamento do Freeport), Carlos Guerra (ex-presidente do Instituto da Conservação da Natureza), José Dias Inocêncio (antigo presidente da Câmara de Alcochete), José Manuel Marques (antigo assessor da autarquia), Manuel Pedro (sócio de Charles Smith na empresa Smith & Pedro) e Eduardo Capinha Lopes (responsável pelo projeto de arquitetura).
CMP/DDA/FC -Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
Os bold são da responsabilidade do editor
Editado por OC
4 comentários:
Para quando um mea culpa destes empresários da comunicação social que não se envergonham de publicar tais coisas, no regresso de uma comissão de inquérito onde discorreram abundantemente para todo o País, sobre a sua independência, auto-dignidade, respeito pela lei e pelos direitos individuais? Campeões da Liberdade, da isenção, das leis da concorrêncoia, do Estado guarda-nocturno, do neo-neo-liberalismo mas, com uma vergonha na cara de reduzidíssima Expressão!
Caro Osvaldo,
Vou fazer link.
Obrigado.
Um abraço.
Caro MFerrer,
Eles nunca farão mea-culpa...! ComoV/diz no "Homem ao Mar", tendo falhado o Plano de derrubar o governo por eleições, optam pelo que chama de Plano B, o ataque de desgaste ao 1ºministro para tentar dar o golpe por dentro...
"No pasarán"!
Nem o povo se deixará sorver pelos "elegantes interesses económicos" do Francisco Balsemão e muito menos pela sua "voz maviosa".
Cumprimentos.
OC
Cara Ana Paula Fitas,
Muito obrigado pela S/ referência e pela atenção com que sei que segue este meu novo blogue.
Abraço,
OC
Enviar um comentário