O Governo e os parceiros sociais remeteram hoje para a próxima segunda-feira uma discussão mais aprofundada sobre medidas alternativas à redução da TSU, no final de uma reunião da Concertação Social, presidida por Pedro Passos Coelho.
Até à próxima reunião dos parceiros sociais, que voltará a contar com a presença do chefe do Governo, patrões e sindicatos vão estudar medidas alternativas à Taxa Social Única (TSU) a propor ao Executivo.
Do lado das confederações patronais, foi hoje aplaudida a abertura do primeiro-ministro para discutir a medida anunciada há quinze dias, de redução das contribuições sociais das empresas em 5,75 pontos percentuais de 23% para 18 e do aumento em 7 pontos percentuais das contribuições dos trabalhadores, de 11% para 18%.
"Percebeu-se que o primeiro-ministro não considera o assunto fechado", disse o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, João Vieira Lopes, acrescentando que na reunião de hoje não foi apresentada qualquer proposta alternativa por parte do Executivo.
Segundo o presidente da CIP, António Saraiva, os parceiros saíram da reunião "com uma perspetiva de diálogo" e tentarão "encontrar um caminho diferente" até segunda-feira.
Do lado dos sindicados, João Proença, líder da UGT, afirmou que a central reivindicará "uma revisão global da medida", manifestando-se "convencido" de que "haverá espaço negocial" nesse sentido.
A UGT foi a única central sindical presente, uma vez que a CGTP ficou de fora do último acordo da Concertação.
por Lusa/Dn.pt, Ricardo Simões Ferreira-Hoje
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