sábado, 29 de setembro de 2012

Manifestação: CGTP quer "grande greve geral" com todos


 Cumpriu-se o objectivo de Arménio Carlos, líder da CGTP, de ver o Terreiro do Paço "cheio como um ovo", em dia de luta contra "o naufrágio" de Portugal. Passava pouco das 16h quando Arménio Carlos subiu ao palco para falar aos milhares de manifestantes e anunciar a intenção de convocar uma "grande greve geral".
Longe de apelos partidários ou sindicais, Arménio Carlos fez questão de frisar a importância da união de todos, mostrando-se aberto a debater a convocação da greve geral com a UGT. "Temos de nos centrar naquilo que é essencial e unirmo-nos para mudarmos as coisas. Temos de dar as mãos e lutar em conjunto", disse o líder da CGTP ao anunciar que no próximo dia 3 de Outubro será reunido o conselho nacional extraordinário para se preparar então uma greve geral. Em relação à possível data da greve, Arménio Carlos não adiantou qualquer possibilidade, explicando aos jornalistas que tudo dependerá do momento e das condições que se considerarem na reunião de dia 3 como essenciais. É possível que aconteça até ao final do ano."Este povo que enche o Terreiro do Paço está ou não de acordo com a decisão de uma greve geral?", perguntou o líder da CGTP, recebendo de volta uma grande ovação. "A vossa resposta foi clara, decisiva e determinante. Nós somos a maioria e a maioria vai-se unir".Com um discurso várias vezes aplaudido, Arménio Carlos não se conteve nas palavras e lançou duras críticas ao Governo de Passos de Coelho. "Eles têm medo que o povo perca o medo e o povo está a demonstrar que está a perder o medo, que quer lutar pelo presente, salvaguardando gerações futuras", começou por dizer o líder sindical, assegurando estar ao lado não só de todos os trabalhadores como dos estudantes, desempregados e pensionistas. (LER MAIS)


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