O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu esta sexta-feira que a exigência de mais sacrifícos aos portugueses deverá incidir apenas sobre «quem ainda não foi afectado». Falando aos jornalistas à margem da inauguração da primeira fábrica de nanotecnologia em Portugal, em Coimbra, o chefe de Estado considerou ainda que a medida anunciada ontem pelo BCE de comprar dívida dos países em dificuldade é «positiva» mas «peca por tardia».
Cavaco considerou que apís a «experiência de 15 meses» de aplicação do programa de ajustamento negociado pelo anterior Governo com a troika esta é «uma boa altura para se fazer uma revisão dos compromissos assumidos», principalmente à luz das «alterações na conjuntura internacional».Já sobre um aumento dos sacrifícios dos portugueses, o Presidente sublinhou ser necessária «equidade nas decisões», acrescentando que «eventualmente só se podem considerar para acréscimos de sacrifícios os que ainda não foram afectados».Ainda sobre a decisão do BCE, Cavaco considera que seria discriminatório se a instituição liderada por Mario Draghi apenas comprar dívida portuguesa em 2013. A esse propósito, o Presidente lembra que «Portugal já está nos mercados porque está a emitir dívida a doze meses».
Hoje-Diário Digital
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