"O ex-presidente da Media Capital afirmou hoje que a TVI funcionou como plataforma para derrubar o Governo liderado por Pedro Santana Lopes apesar de ter chamado a atenção da direção de José Eduardo Moniz.
"Houve efetivamente um período em que a TVI tomou um conjunto de posições que se desviaram da linha de isenção e de credibilidade que eram apanágio da estação", referiu Miguel Pais do Amaral à margem da audição na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.
Segundo referiu aos jornalistas, isso aconteceu "durante o Governo de Santana Lopes", tendo "a TVI funcionado como plataforma para derrube desse Governo".
Pais do Amaral adiantou que, nessa altura, teve "várias vezes de chamar a atenção do diretor geral e diretor de informação [José Eduardo Moniz, dizendo-lhe] que uma televisão não existe para derrubar governos, existe para informar o público".
Questionado sobre se a campanha para derrubar o Governo de Santana Lopes estaria a ser liderada por José Eduardo Moniz, Pais do Amaral respondeu "não ter dúvidas" sobre isso.
O empresário referiu ainda que os factos que hoje relatou sucederam na mesma altura do "caso Marcelo".
O comentador político decidiu abandonar a TVI perante um alegado ultimato que lhe terá sido feito por Pais do Amaral, na altura presidente da Media Capital, empresa detentora da estação de Queluz.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou na altura que Pais do Amaral lhe impôs um prazo para que repensasse o teor das suas intervenções nas edições de domingo no "Jornal Nacional", já que era "inaceitável que houvesse uma informação e uma opinião sistematicamente anti-governamental na TVI".
Questionado pelos deputados da comissão parlamentar sobre um caso referido por Moniz na mesma comissão e que remonta a 2001 a propósito de uma reportagem em Évora, Pais do Amaral disse que essa conversa tem apenas uma parte de verdade.
Moniz disse no inicio de março que José Sócrates tentou intervir na informação da estação enquanto ainda era ministro do Ambiente, tendo sido apoiado pelo então presidente do grupo.
Segundo José Eduardo Moniz, além do desagrado manifestado por Sócrates à jornalista, também Pais do Amaral o chamou para lhe comunicar que considerava a reportagem "exagerada" referindo ainda "não querer ter problemas como tinha tido no Independente".
Aos deputados, Pais do Amaral disse que essa conversa nada teve a ver com José Sócrates adiantando que "nem o conhecia na altura".
Contudo, confirmou que teve uma conversa com Eduardo Moniz indicando-lhe que apenas que não queria repetir a experiência do Independente.
"Queria que fosse uma estação apartidária, independente, credível e séria e que não tivesse como papel destruir ou construir governos", disse.
Já relativamente a Manuela Moura Guedes, o ex-presidente da Media Capital disse que a jornalista desvalorizava a TVI.
"O estilo de informação tabloide de Manuela Moura Guedes na minha opinião desvalorizava a TVI. Se deixasse de ser pivot isso era um valor acrescentado, não escondo que tentei que isso acontecesse mas não por qualquer pressão política", disse".
"Houve efetivamente um período em que a TVI tomou um conjunto de posições que se desviaram da linha de isenção e de credibilidade que eram apanágio da estação", referiu Miguel Pais do Amaral à margem da audição na comissão parlamentar de Ética, Sociedade e Cultura.
Segundo referiu aos jornalistas, isso aconteceu "durante o Governo de Santana Lopes", tendo "a TVI funcionado como plataforma para derrube desse Governo".
Pais do Amaral adiantou que, nessa altura, teve "várias vezes de chamar a atenção do diretor geral e diretor de informação [José Eduardo Moniz, dizendo-lhe] que uma televisão não existe para derrubar governos, existe para informar o público".
Questionado sobre se a campanha para derrubar o Governo de Santana Lopes estaria a ser liderada por José Eduardo Moniz, Pais do Amaral respondeu "não ter dúvidas" sobre isso.
O empresário referiu ainda que os factos que hoje relatou sucederam na mesma altura do "caso Marcelo".
O comentador político decidiu abandonar a TVI perante um alegado ultimato que lhe terá sido feito por Pais do Amaral, na altura presidente da Media Capital, empresa detentora da estação de Queluz.
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou na altura que Pais do Amaral lhe impôs um prazo para que repensasse o teor das suas intervenções nas edições de domingo no "Jornal Nacional", já que era "inaceitável que houvesse uma informação e uma opinião sistematicamente anti-governamental na TVI".
Questionado pelos deputados da comissão parlamentar sobre um caso referido por Moniz na mesma comissão e que remonta a 2001 a propósito de uma reportagem em Évora, Pais do Amaral disse que essa conversa tem apenas uma parte de verdade.
Moniz disse no inicio de março que José Sócrates tentou intervir na informação da estação enquanto ainda era ministro do Ambiente, tendo sido apoiado pelo então presidente do grupo.
Segundo José Eduardo Moniz, além do desagrado manifestado por Sócrates à jornalista, também Pais do Amaral o chamou para lhe comunicar que considerava a reportagem "exagerada" referindo ainda "não querer ter problemas como tinha tido no Independente".
Aos deputados, Pais do Amaral disse que essa conversa nada teve a ver com José Sócrates adiantando que "nem o conhecia na altura".
Contudo, confirmou que teve uma conversa com Eduardo Moniz indicando-lhe que apenas que não queria repetir a experiência do Independente.
"Queria que fosse uma estação apartidária, independente, credível e séria e que não tivesse como papel destruir ou construir governos", disse.
Já relativamente a Manuela Moura Guedes, o ex-presidente da Media Capital disse que a jornalista desvalorizava a TVI.
"O estilo de informação tabloide de Manuela Moura Guedes na minha opinião desvalorizava a TVI. Se deixasse de ser pivot isso era um valor acrescentado, não escondo que tentei que isso acontecesse mas não por qualquer pressão política", disse".
GC/JRS/LUSA
*** Este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico ***
4 comentários:
Caro Osvaldo
Esta “coisa” da comissão de ética vai ser como “a montanha que pariu o rato” é obvio que os ilustres convidados a depor, disseram coisas, muito mais de acordo com os seus interesses políticos e económicos do que com a ética.
Espero que a tua postura na comissão de inquérito, seja a mesma, ao (como as televisões mostraram) recusares firmemente a inclusão de alguns depoimentos prestados na comissão de ética com a expressão “fora” e não se tomem uns por válidos por favorecerem o governo e outros inválidos por o desfavorecerem.
Abraço
Este é um bom post. Com o anterior, reuniu dois documentos históricos, independentemente do desfecho que justifica os depoimentos, pois retratam uma época que ficará reconhecida pelo papel que a informação golpista (insisto em chamar-lhe assim) terá tido sobre o poder politico. Nesta perspectiva eu escolhi, lá no meu blogue, o depoimento do Emídio Rangel, até pelo facto de ele ter passado por quase todos os media considerados de referência.
Caro Folha Seca,
Claro que farei todos os possíveis, até em nome do respeito da lei. A ver vamos.
Volta sempre.
Abraço,
OC
Caro Rogério Pereira,
Obrigado pela S/ visita e pelo S/ comentário.Vou passar a adicionar o seu blogue.
Deixei o Rangel de fora, por achar que ele iria ter uma cobertura generalizada...opções.
E estou de acordo que certa imprensa tem tido um papel muito nefasto junto do poder político...O Pais do Amaral disse-o com todas as letras...!
Volte sempre.
Cumprimentos.
OC
Enviar um comentário