Lisboa, 22 nov (Lusa)O Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), em Lisboa, decretou hoje ao empresário Vítor Raposo proibição de contactos com os outros suspeitos no mesmo processo em que estão envolvidos Duarte e Pedro Lima, informou o seu advogado.
O juiz Carlos Alexandre aplicou ainda ao ex-deputado social-democrata, como medida de coação, a obrigatoriedade de pedir, com 48 horas de antecedência, autorização ao tribunal para se ausentar do País.
As medidas de coação foram comunicadas aos jornalistas por Paulo Sá e Cunha, advogado do arguido, no final do interrogatório judicial.
O advogado disse que não estava à espera de medidas de coação mais graves e que as aplicadas não são desproporcionadas, pelo que não vai recorrer.
Vítor Raposo é indiciado pelos crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal.
O caso em investigação - que levou à prisão preventiva do ex-deputado do PSD, Duarte Lima, e à liberdade sob caução de meio milhão de euros do seu filho Pedro Lima - envolve mais de 40 milhões de euros cedido pelo Banco Português de Negócios (BPN) e está relacionado com a compra de terrenos em Oeiras para construir o Instituto Português de Oncologia, projeto que não se concretizou.
Vítor Raposo é sócio de Pedro Lima em alguns negócios. Na quinta-feira, dia em que Duarte Lima e o seu filho foram detidos em Lisboa, Vítor Raposo encontrava-se na Guiné-Bissau.
ER (FC/CC/JGJ)/Lusa

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