"Esta será a primeira vez em que os nossos filhos não têm a garantia de viver melhor do que nós. E isto é uma mudança terrível", assegurou.O eurodeputado discursava, durante a tarde, no painel sobre "Sociedades Coesas" na Universidade de Verão do PS, que está a decorrer em Évora, até domingo.
Perante a plateia de "alunos", Vital Moreira reconheceu ser "um dos seniores" presentes, nascido em 1944, numa altura em que, lembrou, "ainda havia racionamento neste país".Contudo, até este momento, comparou, nunca tinha existido este sentimento de maiores dificuldades para as gerações futuras."A nossa ideia positiva, progressista, de que cada geração vive melhor do que a anterior vai ser contrariada, porque esta crise já vai em quatro anos e, não tenhamos dúvidas, não há atalhos para o fim da crise", alertou.O eurodeputado do PS reconheceu que "não há crises que durem sempre" e esta não vai ser exceção, mas também "não vai ser solucionada amanhã, nem depois de amanhã"."Vai demorar ainda muito tempo e os sacrifícios que estamos a passar podem diminuir ligeiramente dentro de meses ou um ano ou dois. Mas não há atalhos, nem há milagres. Convençamo-nos que, de facto, estamos a passar uma crise duradoura", frisou.As sociedades, disse, podem "tolerar níveis de desigualdade relativamente elevados", mas tal só acontece se houver "a perceção de que o futuro, a curto prazo e a médio prazo, pode mudar"."E de que há uma escala social ascendente, de que as pessoas, os nossos filhos, viverão melhor do que nós e de que o nosso emprego futuro pode ser melhor do que o anterior", acrescentou.
Um cenário que está ausente da realidade atual, afirmou, porque esta crise "é, sobretudo, acerca do emprego e da falta de perspetivas de emprego".
por: Lusa/dn.pt, Ricardo Simões Ferreira-Ontem
1 comentário:
...cada geração vive melhor que a anterior...
O Vital tem razão, a esta geração contrariou a história e os que vierem atraz que apaguem a luz!
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