quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Ministro da Presidência diz ser "absolutamente lamentável" que PSD insista em "campanha permanente contra o país"

Lisboa, 10 fev (Lusa)

O ministro da Presidência considerou hoje “absolutamente lamentável” que o líder do PSD insista em declarações de “campanha permanente contra o país”, sublinhando que os portugueses esperam que os políticos se concentrem nos esforços que estão a ser feitos.

“O Governo considera absolutamente lamentável que o líder do maior partido da oposição insista nesta declarações de campanha permanente contra o país no estrangeiro”, afirmou o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, na conferência de imprensa realizada no final da reunião semanal do Conselho de Ministros.

Esta manhã em Paris, o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, afirmou que a liquidez de Portugal tem sido feita à custa de “taxas insustentáveis” com um “custo insuportável a médio e longo prazo”.

Referindo-se “às declarações negativas sobre a economia portuguesa e sobre o paísque Pedro Passos Coelho fez em Paris, Pedro Silva Pereira defendeu que, ao contrário do que fez o líder do maior partido da oposição, “do que o país precisa é de mensagens positivas, que sublinhem os resultados” que estão a ser alcançados e o esforço que os portugueses e as empresas estão a fazer.

“Isso corresponde à realidade das coisas e isso sim seria um contributo para o país poder vencer as suas dificuldades”,
frisou.

O ministro da Presidência referiu-se às declarações do líder do PSD a propósito de uma questão que lhe tinha sido colocada sobre o apelo feito pelo presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, aos deputados nacionais eleitos pela Madeira para que votem favoravelmente qualquer moção de censura ao Governo da República.

Sem responder diretamente a esse apelo, Pedro Silva Pereira sublinhou que os portugueses esperam dos agentes políticos que estejam à altura do momento e que se concentrem naquilo que o país precisa de fazer.

“A instabilidade, o permanente comentário sobre as crises políticas que vimos sobretudo do maior partido da oposição, do PSD, mas não só, também de outros partidos que se entretêm ciclicamente a especular sobre a instabilidade política em Portugal, esses comentários não ajudam o país”, sustentou.

Pelo contrário, acrescentou, esses comentários são aliás “o pior que se pode fazer para que Portugal consiga vencer esta situação e superar a crise”.

VAM/Lusa

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