domingo, 6 de novembro de 2011

Duarte Lima: Advogado considera acusação "hedionda, injusta e sem provas" e reafirma-se inocente

Lisboa, 06 nov (Lusa)

Duarte Lima classificou hoje de “hedionda” a acusação de homicídio de Rosalina Ribeiro, reafirmando a sua inocência e garantindo que a vai demonstrar no processo, junto das instâncias judiciais competentes.

Numa carta enviada à agência Lusa, o ex-deputado, sob quem pende a acusação de ter assassinado Rosalina Ribeiro no Brasil, “repudia as acusações” de que diz ser alvo e rejeita “categoricamente, os termos e a conclusão de uma acusação brutal e injusta”.

Em seu entender, escreve na carta, a acusação das autoridades brasileiras está “repleta de adjetivos e destituída de qualquer prova digna desse nome”.

“Dessa acusação hedionda sou completamente inocente, e a demonstração dessa inocência será feita no processo, junto das instâncias judiciais competentes”, escreve Duarte Lima.

Porém, acrescenta na missiva enviada à Lusa, “sempre estive, e estou, ao dispor de todas as autoridades judiciárias, para prestar os esclarecimentos que estas me solicitem, apesar das especulações, insinuações e mentiras que têm sido divulgadas”.

“Apesar das especulações e mentiras que têm sido divulgadas, e que visam destruir-me pessoal, social, profissional e humanamente, esta matéria só pode ser tratada com isenção e verdade nos órgãos judiciais competentes”, escreve.

O ex-deputado considera que a acusação das autoridades brasileiras foi precedida de “fugas de informação seletivas para alguns órgãos de comunicação social portugueses” que abriram “caminho para um linchamento público, e não para a descoberta da verdade” sobre o assassínio da sua ex-cliente Rosalina Ribeiro “através dos procedimentos normais num Estado de Direito”.

Na missiva, Duarte Lima diz ainda estranhar que a acusação tenha sido divulgada na comunicação social e que tenha sido recusado ao seu advogado no Brasil, João Costa Ribeiro Filho “o total acesso ao processo para tomar conhecimento dos factos que a fundamentam”.

No âmbito do mesmo processo, um pedido de «habeas corpus» relacionado deu entrada no Superior Tribunal de Justiça do Brasil.

O pedido deu entrada no tribunal no dia 03, em nome de João Torres Brasil, que não consta na lista oficial de advogados brasileiros, e foi distribuído ao juiz desembargador Vasco Della Giustina sexta-feira, às 11:00, segundo informação no site do Superior Tribunal de Justiça, do Estado do Rio de Janeiro.

Da informação constante no site não existe ainda decisão sobre o pedido.

A RTP, que deu a informação em primeira mão, explica que se o juiz desembargador aceitar este pedido, o mandado de captura internacional e a prisão preventiva deixam de ter efeito.

As autoridades brasileiras decretaram na terça-feira, 01 de novembro, a prisão preventiva de Duarte Lima, acusado do homicídio de Rosalina Ribeiro, secretária e companheira do milionário português Lúcio Tomé Feteira.

De acordo com o Ministério Público brasileiro, Duarte Lima terá assassinado Rosalina Ribeiro, em dezembro de 2009, por esta se recusar a assinar um documento a negar um depósito de 5,2 milhões de euros na sua conta bancária.

Inicialmente Rosalina Ribeiro foi dada como desaparecida acabando por ser encontrada morta com dois tiros em Saquarema, na região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro.

CC/Lusa

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