quarta-feira, 12 de maio de 2010

Desempenho do PIB demonstra "boa capacidade" de recuperação da economia....

Lisboa, 12 mai (Lusa)
"O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, destacou hoje a "boa capacidade" de recuperação da economia portuguesa, demonstrada pelo desempenho do PIB no primeiro trimestre do ano, hoje divulgado pelo INE.

"Estes números revelam uma boa capacidade de recuperação da economia portuguesa, tendo em conta que é o setor exportador que dá aqui um contributo positivo neste crescimento", disse o ministro, em declarações à agência Lusa, reforçando a necessidade de o país continuar a apostar no reforço da competitividade.

Por outro lado, de acordo com Teixeira dos Santos, os valores divulgados dão "conforto" ao Governo para considerar que a previsão para o comportamento da economia no conjunto de 2010 (de um crescimento de 0,7 por cento) é "acertada e realista".

Segundo dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, a economia portuguesa cresceu 1,7 por cento no primeiro trimestre do ano em relação ao período homólogo e avançou 1 por cento face aos três meses anteriores.

O ministro das Finanças destaca, a propósito, que se trata do maior crescimento do PIB em cadeia entre os países da União Europeia e o segundo mais forte, em termos homólogos.

Neste momento, segundo Teixeira dos Santos, Portugal encontra-se a braços com dois desafios diferentes.

Por um lado, explicou, o relançamento da actividade económica e a recuperação do crescimento do país e, por outro lado, as medidas de consolidação orçamental, que são "essenciais", uma vez que é necessário "gerar condições de reforço da confiança dos mercados internacionais na economia portuguesa".

"Para isso é importante não só que a economia dê sinais positivos, mas é também importante que nós, na nossa política orçamental, consigamos dar sinais de empenhamento e esforço de consolidação orçamental que é mais exigente, atendendo às condições do mercado", disse.

Depois dos compromissos assumidos por Portugal perante Bruxelas, é assim "fundamental", de acordo com Teixeira dos Santos, que os sinais sejam dados de forma a recuperar a confiança dos investidores na economia portuguesa."


ICO/Lusa

*** Texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

12 comentários:

folha seca disse...

Caro Osvaldo

Para mim que não sou lá muito entendido no tratatameto dos numeros da macroeconomia, o que me parece, pelos resultados "positivos" referentes ao 1º trimeste, é que afinal, algumas medidas que estão na "forja" e cujo acordo do principal partido da oposição, já foi obtido, afinal já não são necessarias. Se estamos a conseguir saír do "buraco" para quê tornar ainda as coisas mais difíceis?
Será? Ou então alguem que explique.
Abraço

Carta a Garcia disse...

Caro Folha Seca,

Afinal já leste este post, que te tinha recomendado na resposta ao anterior comentário...
Apesar da melhoria do desempenho, a verdade é que isso não chega para reduzir o défice para os níveis a que nos comprometemos.Serão necessárias medidas de contenção da despesa e medidas de aumento da receita...embora a melhoria do crescimento económico possa ajudar a atenuar o tipo de medidas a aplicar...
Mas sejamos realistas, vai ser necessário enfrentar, com muito sangue frio, os reiterados ataques especulativos do capital financeiro americano, em especial.
Abraço,

Ana Paula Fitas disse...

Caro Osvaldo,
Por fazer sentido, fiz link também deste post.
Espero que goste.
Abraço.

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Paula Fitas,

Estou desvanecido, dois links da "Nossa Candeia" no mesmo dia...ou é sorte a mais ou, sei lá,bondade Sua...

Abraço amigo,

Raimundo Narciso disse...

Meu Caro fico satisfeito por saber que, segundo Teixeira dos Santos, os 1,7% de aumento do PIB se devem à produção transacionável. Enganei-me e pus à porta o agradecimento ao Papa. Julguei que era milagre do Bento XVI.
Mas vê lá se o Governo passa a factura a quem criou a crise e dela beneficia e não às suas vítimas
Ai vai um abraço digital :)

Ana Brito disse...

Caro Osvaldo
Depois de um exaustivo dia de trabalho aqui fica um breve comentário:
A política é feita pelos homens e para os homens - e é condicionada pelo psiquismo dos que a elaboram ou a sofrem.
As dificuldades da economia portuguesa começam a dar sinais de que com o acentuado empenho dos nossos governantes e do trabalho colectivo há-de vislumbrar-se uma influência e novas experiências que marcam o carácter daqueles que hoje assumem a governação e apostam que a vida do povo português pode amoldar pouco a pouco ao carácter nacional no sentido de que os sacrifícios solicitados se conformam a ideais referenciados na psicotécnica política e na vertente de que a história político-económica é uma réplica da história do indivíduo, neste caso do ser-português.
Excelente esta recuperação da economia portuguesa e o reforço da ideia de contenção, mas também a aposta na continuidade de uma política orientada para a competitividade e crescimento económico visando uma sociedade de bem-estar.
Um Abraço Amigo
Ana Brito

Alzira Henriques disse...

Caro Camarada e amigo Osvaldo,

Não sendo economista, e apenas opinando pelo que leio e ouço aos "entendidos" na matéria, parece-me que, atenta a debilidade externa da nossa economia, ainda é muito cedo para tirarmos conclusões. E, como sou prudente, apoio seguramente as medidas de redução da despesa pública propostas pelo nosso Governo, em particular as que estendem aos que melhores rendimentos auferem uma maior parte dos sacrifícios. Lamentavelmente, ainda estamos à mercê da especulação capitalista, absolutamente cega relativamente a quaisquer valores que não sejam os correspondentes ao lucro financeiro fácil.
Um abraço amigo,

Alzira Henriques

aminhapele disse...

Tenho pena.
Sinto um grande mal estar e não confio no que está para vir.
Já não é tempo do "português suave".
Oxalá me engane.
Bom trabalho e um abraço.

Carta a Garcia disse...

Caro Raimundo Narciso,

Que grande gosto em ver-te por aqui. Pois,a factura devia ser entregue ao capital financeiro americano...mas aposto que até cobram por isso...
Abraço Mto Forte,
OC

Carta a Garcia disse...

Cara Ana Brito,

Mais um comentário tardio.Sim, fomos o país que mais cresceu no 1º trimestre, mesmo assim, como está à vista,vai ser exigido um grande sacrifício aos portugueses.Esperemos saber explicá-lo e que os nossos compatriotas o compreendam...
Abraço,

Carta a Garcia disse...

Cara Alzira Henriques,

Revejo-me por inteiro nas S/ palavras.São tempos que implicam sacrifícios e capacidade de contenção. Vamos trabalhar por dias melhores,
Abraço Amigo,

Carta a Garcia disse...

Caro "aminhapele",

Que é lá isso? Não podemos esmorecer...Já vivemos tempos mais difíceis e tu lembras-te...no fascismo, nos anos 80...E Sempre parecia que o mundo nos desabava na cabeça...afinal fomos conseguindo...e agora também sucederá. Insisto, à frente dos interessses eleitorais tem de estar a salvação do país.
Abraço,