domingo, 6 de maio de 2012

Novo presidente francês diz que "a austeridade já não é uma fatalidade"

O socialista François Hollande, eleito Presidente da República francesa, este domingo, afirmou que será "o Presidente de todos" e que, na Europa, "a austeridade já não é uma fatalidade".
François Hollande, 57 anos, foi hoje eleito Presidente da República francesa. Segundo os dados publicados pelo Ministério do Interior francês, com base em 72,35 por cento dos votos contados, o socialista obteve 51,07 por cento dos votos, contra 48,93 por cento de Nicolas Sarkozy, o Presidente  cessante.
No discurso da vitória, na sua terra natal, Tulle, perante uma multidão fervorosa e aplaudente, o segundo socialista a assumir a Presidência da França desde 1958 afirmou que será "o Presidente de todos".
"Aos que não me deram o seu voto, que saibam que eu respeito as suas convicções e que serei o Presidente de todos. Esta noite não há duas Franças que se enfrentam. Há apenas uma França, uma nação reunida no mesmo destino. Cada um, e cada uma, terá igualdade de direitos e de deveres", disse.
Hollande falou aos franceses mas também à Europa: "Vou esforçar-me por cumprir o sonho francês. Mas a Europa olha para nós. Creio que em numerosos países europeus se sentiu um alívio, uma esperança, com a ideia de que a austeridade já não é uma fatalidade", afirmou.
O Presidente eleito afirmou ainda que quer que o seu mandato seja julgado pelo que fizer pela justiça e pela juventude: "Tomarei as minhas decisões tendo em conta estes critérios: É justo? É pela juventude?", afirmou.
"Colocar-me-ei a questão 'será que fiz avançar a causa da igualdade, que permiti à nova geração de ocupar o seu lugar na República?'", acrescentou.
O socialista disse ainda que a França "não é qualquer país". A França, defendeu, "é a paz, a liberdade, o respeito, a capacidade de dar ao povo o direito de se emancipar das ditaduras ou de escapar à corrupção".
"O mandato que me confiaram é pesado, é grande, é belo", acrescentou.
François Hollande é agora esperado em Paris, na praça da Bastilha, onde, há horas, milhares de militantes festejam a sua vitória.
jn.pt-06/05/2012

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