quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Confrontos trazem à memória os anos da segregação racial: Presidente da África do Sul chocado com morte de mineiros pela polícia


As imagens transmitidas pelas estações de televisão mostraram vários corpos a cair numa poça de sangue. A polícia sul-africana disparou sobre mineiros que estavam em greve na mina de Marikana, no Noroeste do país, e pelo menos 12 pessoas morreram. O Presidente Jacob Zuma ficou “chocado”.
“Contei cinco corpos”, disse um jornalista da televisão privada eNews quando ainda não se tinha percebido bem o que estava a acontecer. Pouco depois a Reuters referiu 12 mortes, o Guardian 18, vários jornais falaram num massacre.Naquela mina, a cerca de 100 quilómetros de Joanesburgo, o que aconteceu trouxe à memória os dias mais sangrentos vividos na África do Sul. Uma testemunha, Molaole Montsho, da agência de notícias sul-africana Sapa, disse à BBC que primeiro a polícia usou gás lacrimogéneo para dispersar os mineiros e depois começou a disparar.Alguns líderes sindicais procuraram dispersar os mineiros, durante os confrontos foram atirados cocktails molotov e granadas. Alguns relatos referem que um grupo de mineiros tentou passar para lá da barreira policial. “A polícia ameaçou-os com canhões de água, atirou gás lacrimogéneo e granadas”, adiantou Montsho. Depois houve disparos. “Ouviram-se tiros durante mais de dois minutos”.O jornalista da Sapa contou 18 corpos no chão, não sabia quantos estavam vivos ou mortos. A tensão já tinha subido de tom na passada sexta-feira, quando cerca de 3000 mineiros iniciaram um protesto contra as suas condições salariais.(LER MAIS) 
16.08.2012 - 21:31 Por Isabel Gorjão Santos, com agências

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