Antes que acabe o Dia da Europa...e os 65 anos do fim da guerra no Velho Continente
Que Viva a Vida ( a célebre fotografia do amoroso beijo da Vitória entre um marinheiro e uma enfermeira, em Times Square, pela mão do inesquecível fotógrafo Alfred Eisenstaedt)
Caro Osvaldo A finalidade da guerra pode ser a conquista de novos territórios, a recuperação da hegemonia perdida, a propagação da fé ou de uma visão do mundo - ou, muito simplesmente, a defesa contra uma ameaça. Por outro lado, o desenvolvimento da tecnologia militar tem levado a relativizar cada vez mais as diferenças entre a frente de batalha e o território que lhe fica à retaguarda, entre soldado e civil. O facto de a guerra poder conduzir a uma destruição completa impede que se continue a considerá-la, nos nossos dias, como uma continuação da política por outros meios. De um modo paradoxal, a bomba atómica não pôs termo às guerras, mas fez passar das guerras mundiais a guerras mais localizadas. Parece que a guerra continua a ser um elemento constitutivo da história da humanidade. A 2ª Guerra Mundial, ainda foi, para simples soldados, a oportunidade de uma espécie de libertação relativamente à sua rotina quotidiana e um estímulo como nunca antes tinham vivido a ultrapassar-se a si mesmo e a viver uma aventura: em livros e filmes que nos fazem lembrar essa grande conflagração encontram-se misturados quadros de horror e a exaltação da aventura. É certo que a permissão, em tempo de guerra, de satisfazer desejos pulsionais normalmente recalcados é acompanhada de uma obediência estrita que pode ir até à sujeição incondicional. O facto de o soldado se sentir como uma peça de jogo num tabuleiro não só apaga todo o sentimento de culpabilidade individual como liberta de todas as dúvidas que tornavam difícil a tomada de decisão. O perigo defrontado em comum reforça a camaradagem e esta é vivida quase como o calor suave do ninho familiar. E o beijo aconteceu... Abraço Amigo Ana Brito
Na guerra entre os EUA e a Espanha, a propósito da despótica colonização espanhola de Cuba, ocorreu o episódio que deu origem à frase “Levar a carta a Garcia”, divulgada por Elbert Hulbard em 1899. O presidente americano, Mackinley, precisou de contactar com um dos chefes da guerrilha cubana, o general Garcia. Chamou um tal Soldado Rowan e passou-lhe uma carta para ser entregue, em Cuba, ao comandante rebelde. Pelo que se conta, Rowan, sem nada perguntar, meteu a missiva numa bolsa impermeável e partiu para Cuba. Percorreu montes e vales, selvas e praias, mas, quatro dias depois, entregou a carta a Garcia e regressou aos EUA para dar conta do cumprimento da missão ao seu presidente. É este o sentido da expressão que dá título a este blogue: “Cumprir eficazmente uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer”. (in Ciberdúvidas)
4 comentários:
Caro Osvaldo
A finalidade da guerra pode ser a conquista de novos territórios, a recuperação da hegemonia perdida, a propagação da fé ou de uma visão do mundo - ou, muito simplesmente, a defesa contra uma ameaça. Por outro lado, o desenvolvimento da tecnologia militar tem levado a relativizar cada vez mais as diferenças entre a frente de batalha e o território que lhe fica à retaguarda, entre soldado e civil.
O facto de a guerra poder conduzir a uma destruição completa impede que se continue a considerá-la, nos nossos dias, como uma continuação da política por outros meios. De um modo paradoxal, a bomba atómica não pôs termo às guerras, mas fez passar das guerras mundiais a guerras mais localizadas. Parece que a guerra continua a ser um elemento constitutivo da história da humanidade.
A 2ª Guerra Mundial, ainda foi, para simples soldados, a oportunidade de uma espécie de libertação relativamente à sua rotina quotidiana e um estímulo como nunca antes tinham vivido a ultrapassar-se a si mesmo e a viver uma aventura: em livros e filmes que nos fazem lembrar essa grande conflagração encontram-se misturados quadros de horror e a exaltação da aventura.
É certo que a permissão, em tempo de guerra, de satisfazer desejos pulsionais normalmente recalcados é acompanhada de uma obediência estrita que pode ir até à sujeição incondicional.
O facto de o soldado se sentir como uma peça de jogo num tabuleiro não só apaga todo o sentimento de culpabilidade individual como liberta de todas as dúvidas que tornavam difícil a tomada de decisão. O perigo defrontado em comum reforça a camaradagem e esta é vivida quase como o calor suave do ninho familiar.
E o beijo aconteceu...
Abraço Amigo
Ana Brito
Make Love not war!
Infelizmente ainda não chegou o tempo das flores (le temps des lilas".
Cara Ana Brito,
Obrigado pelas S/ palavras e desculpe a resposta tardia.
Abraço, Amigo,
Caro Zé Lérias,
Como sabe o "make love not war" é um pouco mais tardio...é já dos "sixtyes".
Volte sempre,
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