Caro Osvaldo Bem haja! Que bela homenagem ao Carlos Paredes!... Em 1958, foi preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, sendo acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, de que era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - mas de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!» Incrível, não é? Em 1962, foi convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”, por isso, ainda bem que hoje é assim recordado pelo Osvaldo. Um abraço Amigo Ana Brito
Neste dia em que milhões e milhões de trabalhadores por esse mundo fora, comemoram como o seu dia, ouvir a guitarra do Carlos Paredes e tentar por-lhe umas frases por cima a confrontar com a "genica" dos seus dedos a dedilhar as cordas da guitarra, apetece dizer bem alto: porra! não era isto que nós queríamos: quando tu na universidade, na tropa e na vida civil e eu na fabrica e escola, davamos qualquer coisa de nós para que ouvesse um "Abril" e se lhe seguisse um "Maio Maduro".
Um Abraço e uma saudação especial neste dia mundial do trabalhador, que quer queiras ou não, tambem és.
Como sempre, um excelente complemento biográfico do Carlos Paredes e um desenho simbólico do percurso de um artista inigualável na guitarra e de um combatente por causas...Morreu como viveu, exalando a sua exemplar modéstia, apesar do seu brilhantismo. Um homem inesquecível. Obrigado pelas S/ palavras. Abraço. Viva o 1º de Maio!
Um abraço apertado antes que termine este dia que celebra o sacrifício dos heróis operários de Chicago e dos trabalhadores de todo o mundo, sem esquecer os que neste momento não desfrutam desse precioso bem que é o direito de trabalhar. Viva o 1º de Maio!
Na guerra entre os EUA e a Espanha, a propósito da despótica colonização espanhola de Cuba, ocorreu o episódio que deu origem à frase “Levar a carta a Garcia”, divulgada por Elbert Hulbard em 1899. O presidente americano, Mackinley, precisou de contactar com um dos chefes da guerrilha cubana, o general Garcia. Chamou um tal Soldado Rowan e passou-lhe uma carta para ser entregue, em Cuba, ao comandante rebelde. Pelo que se conta, Rowan, sem nada perguntar, meteu a missiva numa bolsa impermeável e partiu para Cuba. Percorreu montes e vales, selvas e praias, mas, quatro dias depois, entregou a carta a Garcia e regressou aos EUA para dar conta do cumprimento da missão ao seu presidente. É este o sentido da expressão que dá título a este blogue: “Cumprir eficazmente uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer”. (in Ciberdúvidas)
4 comentários:
Caro Osvaldo
Bem haja! Que bela homenagem ao Carlos Paredes!...
Em 1958, foi preso pela PIDE por fazer oposição a Salazar, sendo acusado de pertencer ao Partido Comunista Português, de que era de facto militante, sendo libertado no final de 1959 e expulso da função pública na sequência de julgamento. Durante este tempo andava de um lado para o outro da cela fingindo tocar música, o que levou os companheiros de prisão a pensar que estaria louco - mas de facto, o que ele estava a fazer, era compor músicas na sua cabeça. Quando voltou para o local onde trabalhava no Hospital, uma das ex-colegas, Rosa Semião, recorda-se da mágoa do guitarrista devido à denúncia de que foi alvo: «Para ele foi uma traição, ter sido denunciado por um colega de trabalho do hospital. E contudo, mais tarde, ao cruzar-se com um dos homens que o denunciou, não deixou de o cumprimentar, revelando uma enorme capacidade de perdoar!» Incrível, não é?
Em 1962, foi convidado pelo realizador Paulo Rocha, para compor a banda sonora do filme Os Verdes Anos: «Muitos jovens vinham de outras terras para tentarem a sorte em Lisboa. Isso tinha para mim um grande interesse humano e serviu de inspiração a muitas das minhas músicas. Eram jovens completamente marginalizados, empregadas domésticas, de lojas - Eram precisamente essas pessoas com que eu simpatizava profundamente, pela sua simplicidade». Recebeu um reconhecimento especial por “Os Verdes anos”, por isso, ainda bem que hoje é assim recordado pelo Osvaldo.
Um abraço Amigo
Ana Brito
Caro Osvaldo
Neste dia em que milhões e milhões de trabalhadores por esse mundo fora, comemoram como o seu dia, ouvir a guitarra do Carlos Paredes e tentar por-lhe umas frases por cima a confrontar com a "genica" dos seus dedos a dedilhar as cordas da guitarra, apetece dizer bem alto: porra! não era isto que nós queríamos: quando tu na universidade, na tropa e na vida civil e eu na fabrica e escola, davamos qualquer coisa de nós para que ouvesse um "Abril" e se lhe seguisse um "Maio Maduro".
Um Abraço e uma saudação especial neste dia mundial do trabalhador, que quer queiras ou não, tambem és.
Cara Ana Brito,
Como sempre, um excelente complemento biográfico do Carlos Paredes e um desenho simbólico do percurso de um artista inigualável na guitarra e de um combatente por causas...Morreu como viveu, exalando a sua exemplar modéstia, apesar do seu brilhantismo.
Um homem inesquecível.
Obrigado pelas S/ palavras.
Abraço.
Viva o 1º de Maio!
Caro Folha Seca,
Um abraço apertado antes que termine este dia que celebra o sacrifício dos heróis operários de Chicago e dos trabalhadores de todo o mundo, sem esquecer os que neste momento não desfrutam desse precioso bem que é o direito de trabalhar.
Viva o 1º de Maio!
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