Trata-se dos célebres fuzilamentos na montanha do Príncipe Pio,nos arredores de Madrid,na noite e madrugada de 2 para 3 de Maio de 1808. Os invasores franceses, as tropas de Napoleão, que chegariam também a Portugal, aprisionavam e fuzilavam os madrilenos que se revoltavam em defesa da independência de Espanha.
Francisco de Goya retratou a violência dos factos, em tela, passados 6 anos,em 1814.
OC
7 comentários:
Caro Osvaldo Castro,
A evocação deste episódio histórico foi, para mim, simultaneamente surpreendente e gratificante. Surpreendente por não ser comum a memória pública de alguns dos mais marcantes eventos deste período na Península Ibérica; gratificante por me ser cara uma evocação que integra a dinâmica em que ocorreu a designada "Guerra das Laranjas" em que deflagrou a questão de Olivença que se mantém como paradigma da problemática do Direito Internacional que se revê na duplicidade estatutária entre as pertenças territoriais "de jure" e "de facto". Além disso, Goya é uma referência no mundo da arte e da memória histórica. Obrigado!
Sinceramente, obrigado.
Um abraço.
Caro Osvaldo Castro
A arte não parece ter finalidade determinada e é nesta aparente liberdade que reside a sua verdadeira significação. Eleva o homem acima das contingências materiais, está ligada aos ócios, ou seja, à possibilidade de superar as necessidades exteriores. O pintor, o artistá só pode exprimir as suas ideias pessoais na medida em que estas se traduzem por uma forma ou um acto estético que as tornam visíveis e perceptíveis: não pode reproduzir exactamente a realidade, seja qual for o seu desejo de se aproximar dela.
Goya através desta excepcional representação - assim terá querido passar os factos à tela.
Um Abraço Amigo
Ana Brito
Relembrar a história (mesmo com esta violência) através da arte é um feito e um ensinamento!
Estes dois últimos quadros que nos mostra são absolutamente espantosos! Parabéns e obg!
MLJ
Caríssimo Osvaldo Castro,
esta pintura bem expressiva da violência das tropas invasoras recorda-nos o paradoxo dos ideais liberais espalhados pelas tropas Napoleónicas. Goya teve a sensibilidade artística de representar, com grande expressividade, esta imensa crueldade sobre a população espanhola. Esta obra pictórica é "um verdadeiro grito" contra os exércitos Napoleónicos, difusores dos ideais liberais, que praticam a maior das violência contra o principal Direito Humano. Tinham os franceses feito a Declaração do Homem e do Cidadão no fim do século XVIII e já no início do século XIX espalhavam o terror por toda a Europa, tal como já o tinham feito no período do Terror da Revolução Francesa. Goya denunciou, assim, este imenso parodoxo político!
Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt
Meus caros, Ana Paula Fitas, Ana Brito, Anónimo e Nuno Sotto Mayor Ferrão, desculpem a tardia resposta colectiva...
Pretendi apenas relembrar uma data que foi determinante para um dos mais célebres quadros de Goya...mas as V/palavras ilustram e acrescentam factos, história e interpretações que são de grande mérito e que muito agradeço.
Abraço a todos,
saiu um filme sobre Salvador Dalí, onde a cena final em que o poeta morre como um mártir, lembra muito a pintura de Goya em relação ao fato histórico, retratando o mártir em destaque marcando o momento do acontecimento.
Posso estar errado, mas penso quando vejo uma pintura de Goya, é que ele consegue produzir algo direto e sua posição questionadora...
Não conhecia a obra nem o pintor.
Sonhei com obras diferentes das vistas por aqui. Muito ton e verde, luminoso, claro, bom tom. Uma das tlas, lembrava duas pessoas. Uma arte nova, diferenciada, onde eu estava muti envolvida, vivenciando até. Depois alguem passou por mim e disse : Suzana eu sou Goia. Escrito errado, pois eu não conhecia e assim registrei. 03 de maio de 2009.
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