segunda-feira, 3 de maio de 2010

Goya, "Os fuzilamentos de 3 de Maio de 1808"



Trata-se dos célebres fuzilamentos na montanha do Príncipe Pio,nos arredores de Madrid,na noite e madrugada de 2 para 3 de Maio de 1808. Os invasores franceses, as tropas de Napoleão, que chegariam também a Portugal, aprisionavam e fuzilavam os madrilenos que se revoltavam em defesa da independência de Espanha.
Francisco de Goya retratou a violência dos factos, em tela, passados 6 anos,em 1814.
OC

7 comentários:

Ana Paula Fitas disse...

Caro Osvaldo Castro,
A evocação deste episódio histórico foi, para mim, simultaneamente surpreendente e gratificante. Surpreendente por não ser comum a memória pública de alguns dos mais marcantes eventos deste período na Península Ibérica; gratificante por me ser cara uma evocação que integra a dinâmica em que ocorreu a designada "Guerra das Laranjas" em que deflagrou a questão de Olivença que se mantém como paradigma da problemática do Direito Internacional que se revê na duplicidade estatutária entre as pertenças territoriais "de jure" e "de facto". Além disso, Goya é uma referência no mundo da arte e da memória histórica. Obrigado!
Sinceramente, obrigado.
Um abraço.

Ana Brito disse...

Caro Osvaldo Castro
A arte não parece ter finalidade determinada e é nesta aparente liberdade que reside a sua verdadeira significação. Eleva o homem acima das contingências materiais, está ligada aos ócios, ou seja, à possibilidade de superar as necessidades exteriores. O pintor, o artistá só pode exprimir as suas ideias pessoais na medida em que estas se traduzem por uma forma ou um acto estético que as tornam visíveis e perceptíveis: não pode reproduzir exactamente a realidade, seja qual for o seu desejo de se aproximar dela.
Goya através desta excepcional representação - assim terá querido passar os factos à tela.
Um Abraço Amigo
Ana Brito

Anónimo disse...

Relembrar a história (mesmo com esta violência) através da arte é um feito e um ensinamento!
Estes dois últimos quadros que nos mostra são absolutamente espantosos! Parabéns e obg!

MLJ

Nuno Sotto Mayor Ferrao disse...

Caríssimo Osvaldo Castro,

esta pintura bem expressiva da violência das tropas invasoras recorda-nos o paradoxo dos ideais liberais espalhados pelas tropas Napoleónicas. Goya teve a sensibilidade artística de representar, com grande expressividade, esta imensa crueldade sobre a população espanhola. Esta obra pictórica é "um verdadeiro grito" contra os exércitos Napoleónicos, difusores dos ideais liberais, que praticam a maior das violência contra o principal Direito Humano. Tinham os franceses feito a Declaração do Homem e do Cidadão no fim do século XVIII e já no início do século XIX espalhavam o terror por toda a Europa, tal como já o tinham feito no período do Terror da Revolução Francesa. Goya denunciou, assim, este imenso parodoxo político!

Saudações cordiais, Nuno Sotto Mayor Ferrão
www.cronicasdoprofessorferrao.blogs.sapo.pt

Carta a Garcia disse...

Meus caros, Ana Paula Fitas, Ana Brito, Anónimo e Nuno Sotto Mayor Ferrão, desculpem a tardia resposta colectiva...
Pretendi apenas relembrar uma data que foi determinante para um dos mais célebres quadros de Goya...mas as V/palavras ilustram e acrescentam factos, história e interpretações que são de grande mérito e que muito agradeço.
Abraço a todos,

Coelho4Artes disse...

saiu um filme sobre Salvador Dalí, onde a cena final em que o poeta morre como um mártir, lembra muito a pintura de Goya em relação ao fato histórico, retratando o mártir em destaque marcando o momento do acontecimento.
Posso estar errado, mas penso quando vejo uma pintura de Goya, é que ele consegue produzir algo direto e sua posição questionadora...

Suzana disse...

Não conhecia a obra nem o pintor.
Sonhei com obras diferentes das vistas por aqui. Muito ton e verde, luminoso, claro, bom tom. Uma das tlas, lembrava duas pessoas. Uma arte nova, diferenciada, onde eu estava muti envolvida, vivenciando até. Depois alguem passou por mim e disse : Suzana eu sou Goia. Escrito errado, pois eu não conhecia e assim registrei. 03 de maio de 2009.