sábado, 19 de março de 2011

PEC: Pedro Silva Pereira alerta para "irresponsabilidade" e "perigo" de crise política

Faro, 18 mar (Lusa)

O ministro da Presidência alertou hoje a oposição de que uma crise política neste momento é “irresponsável” e tem consequências “perigosas” para a economia do país, garantindo a abertura do Governo para dialogar com os outros partidos, nomeadamente o PSD.

Pedro Silva Pereira falou aos jornalistas em Faro, à entrada para uma sessão de apresentação da moção estratégica que José Sócrates vai submeter ao Congresso do PS marcado para abril, e garantiu que o Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) 4 é a forma de o partido “defender Portugal na governação”.

“Estamos a preparar-nos para um Congresso. O PS tem Congresso marcado para abril, vai ter eleições para secretário-geral no final deste mês, mas está muito mobilizado e bem consciente das suas responsabilidades neste momento”, afirmou Pedro Silva Pereira, dizendo que o Executivo quer “poupar ao país uma crise política totalmente irresponsável”.

Silva Pereira disse que os “os portugueses já perceberam quem está a tentar tudo para evitar uma crise política irresponsável e quem tem uma posição irredutível e se recusa a negociar” e deixou uma mensagem ao PSD.

“Se quiser fazer alguma coisa para evitar esta crise política tem bom remédio: é sentar-se à mesa com o Governo, que está disponível para discutir todas as medidas do PEC”, desafiou.

O governante acrescentou que “se o não fizer os portugueses tirarão a conclusão mais fácil, a de que o PSD não quer outra coisa senão precipitar o país numa crise política, na pior das alturas, com riscos gravíssimos para a economia”.

“Mas mais uma vez estamos num momento decisivo para o futuro próximo do país, na medida em que neste momento se discute em Portugal uma crise política. E aquilo que os responsáveis políticos devem pensar é saber se convém neste momento a Portugal interromper uma legislatura a meio, interromper o esforço que os portugueses estão a fazer e deitar por terra o esforço das empresas para enfrentar esta situação difícil e precipitar o país numa crise política”,
afirmou ainda Silva Pereira.

O ministro da Presidência disse que o Governo considera essa alternativa “irresponsável e perigosa” para o financiamento do Estado.

“É perigoso para o financiamento do Estado. Não é só para aquela colocação da dívida que as pessoas ouvem falar nas notícias. Quando um país não consegue colocar a sua dívida, isso arrasta consequências generalizadas para o financiamento da economia, para a solidez do seu sistema financeiro, para a capacidade de recurso ao crédito por parte das empresas, e quando as empresas não podem recorrer ao crédito é toda a sua atividade económica e o emprego dos trabalhadores que está em causa”, frisou.

Pedro Silva Pereira sublinhou ainda que o Governo e o PS estão “a alertar todos os responsáveis políticos, também em particular o maior partido da oposição, para as consequências desta sua posição de intransigência e irredutibilidade”.

“É por isso que dizemos que da nossa parte a disponibilidade para o diálogo é total e isso é uma outra forma também de defender Portugal num momento difícil”,
concluiu.

MHC/Lusa

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