Centristas já falam em “ponderação de todo o programa”. E Cavaco Silva acredita que tudo será revisto na quinta avaliação da troika.
Agosto é o mês da quinta avaliação à execução do Memorando e pode bem ser o momento aproveitado por governo e troika para renegociar as condições impostas ao país. A margem para que Portugal cumpra o défice de 4,5% no final do ano está cada vez mais apertada e a pressão para que o plano de ajustamento seja avaliado tem vindo a crescer. O CDS e o Presidente da República são duas vozes que ontem se aproximaram desse lado.
Depois de conhecidos os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao défice do primeiro trimestre e também as conclusões da cimeira europeia, o CDS defendeu a necessidade de uma “ponderação”. E a frase é do porta-voz do partido, João Almeida: “É preciso ponderar o efeito de tudo isso. Ver se, havendo um reajustamento diferente, se justifica ou não também uma ponderação em relação a todo o programa”.
Entre a direcção do CDS já se defende, ainda que de forma reservada, ajustes ao documento que podem passar pelos critérios de cumprimento das metas para evitar mais medidas de austeridade. Aliás, mais austeridade está mesmo fora de questão entre os centristas. E no PSD há quem alerte que mais impostos ou mais sacrifícios só iriam “agravar mais o ambiente recessivo”. No comentário da TVI24, o ex-líder do PSD Marques Mendes disse que isso afecta “não só a a credibilidade do governo como do ministro das Finanças”.(Ler Mais)
Por:Ionline, Liliana Valente-30 Jun 2012
Sem comentários:
Enviar um comentário