Relatório final não dá como provadas as pressões ilícitas sobre o jornal "Público", de que era acusado o ministro Miguel Relvas. Decisão dividu os cinco membros do conselho regulador.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social votou hoje favoravelmente a deliberação que iliba o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, da acusação de ameaças ilícitas a uma jornalista do "Público".
A votação na reunião do Conselho Regulador da ERC contou com dois votos contra, do vice-presidente Arons de Carvalho e do vogal Rui Gomes.
Segundo apurou o Expresso, Arons de Carvalho terá feito acompanhar o seu voto contra de uma declaração de voto onde fundamenta o porquê da sua oposição à deliberação final do conselho regulador da ERC.
Os votos a favor foram do presidente da ERC, Carlos Magno, e das vogais Raquel Alexandra e Luísa Roseira. O texto final da deliberação deverá ser divulgado ainda hoje no site oficial do regulador dos media.
Recorde-se que, conforme o Expresso avançou ontem, o relatório preliminar que serviu de base a esta deliberação - efetuado por dois técnicos da ERC - não dá como provadas as ameaças denunciadas pela direção do "Público", pela sua editora de política e pela jornalista Maria José Oliveira.
Em causa estava a acusação de que Miguel Relvas teria ameaçado um blackout por parte de todo o governo ao "Público" e a revelação na Internet de dados sobre a vida privada de Maria José Oliveira, na sequência de vários contactos da jornalista ao gabinete do ministro, no âmbito das notícias que estava a publicar sobre o envolvimento de Miguel Relvas 'no caso das secretas'.
Adriano Nobre (www.expresso.pt)
18:59 Quarta feira, 20 de junho de 2012,última actualização há 30 minutos
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