Evangelos Venizelos, líder do PASOK continua a insistir na inclusão do Syriza, de Alexis Tsipras, na coligação do novo Governo grego. Depois de um encontro com o vencedor das eleições deste domingo, Antonis Samaras, da Nova Democracia, centro-direita, Venizelos manifestou-se "desapontado" por Tsipras ter manifestado hoje a intenção de não fazer parte de um putativo Executivo de coligação.
Samaras, cujo partido Nova Democracia obteve 29,6% dos votos, já disse ao Presidente que o objectivo será formar um Governo de coligação que se mantenha até, pelo menos, às eleições de 2014 para o Parlamento Europeu. Um “Governo de salvação nacional de longo prazo com uma perspectiva pró-europeia”. Mas Samaras disse ainda que iria tentar, como prometeu na campanha, “obter alterações nos termos de um acordo com a UE e o FMI”. Para já, políticos evocaram apenas alterações nos prazos do acordo, com uma margem alargada. Começa porém a surgir um consenso sobre a ideia de que se não há margem para alterar um pouco os termos, o problema grego está apenas adiado e não resolvido. A situação do país é difícil, com desemprego acima dos 22%, contracções do PIB na ordem dos 20%, uma recessão que dura há cinco anos, e com um Governo que representará menos de 50% dos eleitores (cuja maioria votou em vários partidos anti-austeridade à esquerda e à direita).Apesar de o Partido Socialista (PASOK, 12,2%) ter pedido a entrada da Coligação de Esquerda Radical, Syriza (26,8%), para participar no Governo, ninguém acreditava que esta fosse uma possibilidade real. O PASOK desceu de 44% nas eleições de 2009 para 12,5% nestas eleições e está a tentar, a todo o custo, conter danos e voltar a recuperar eleitores.(Ler Mais)
Sem comentários:
Enviar um comentário