As galerias da sala do Senado da Assembleia da República transformaram-se, na tarde desta quinta-feira, num palco de protestos contra a política educativa do governo com dezenas de professores a levantarem panos pretos onde se lia "professores em luta".
Passavam três horas da audição do ministro da Educação, Nuno Crato, na comissão de Ciência e Cultura, quando dezenas de professores, que assistiam à sessão, se levantaram de forma concertada levando à interrupção dos trabalhos, enquanto gritavam slogans como "a luta continua".Os agentes da PSP que faziam vigilância começaram imediatamente a confiscar os panos pretos apesar de alguma resistência por parte dos professores, enquanto o presidente da comissão, Ribeiro e Castro, do CDS/PP, mandava evacuar as galerias e criticava o que chamou de "quebra de lealdade" por parte de "algumas organizações".Entre assobios e vaias, os professores foram escoltados para fora da Assembleia da República.Em reação ao sucedido, o deputado social-democrata Emídio Guerreiro afirmou que se tratou de uma "encenação montada", considerando que "há agentes políticos e partidários que vivem da instabilidade e do caos"."Quem quer um novo paradigma nas escolas tem que se haver com isto", lamentou, manifestando o "repúdio" do PSD.A socialista Odete João afirmou que se tratou de um momento de expressão do "direito à indignação", afirmando que o PS está "solidário com os professores, num momento muito difícil".Michael Seufert, do CDS-PP, lamentou também o "momento feliz extraparlamentar" na audição do ministro na comissão.
Ontem,jn.pt
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