Condeixa, 15 jan (Lusa)
O histórico socialista e apoiante de Manuel Alegre António Arnaut afirmou hoje que Cavaco Silva “não tem verdadeiramente o sentido da dimensão ética e republicana do Estado social”, considerando que lhe falta “autoridade moral”.
Ao lado de Manuel Alegre numa ação de campanha em Condeixa, António Arnaut – que é considerado “o pai” do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – disse aos jornalistas que “o Presidente da República, se porventura continuar a ser Cavaco Silva, não poderá destruir o SNS enquanto existir uma Constituição que o garante”.
“Houve uma tentativa de destruição do SNS justamente pelo professor Cavaco Silva, em 1990, quando ele revogou a lei instituidora da minha responsabilidade”, recordou.
Segundo António Arnaut, o Presidente da República “não pode destruir a Constituição porque ele jura-a e a Constituição garante um SNS universal, geral e tendencialmente gratuito”.
“Se porventura um Governo de direita tentar destruir o SNS então haverá um levantamento popular e nós estaremos à frente do povo”, alertou.
Em declarações aos jornalistas, o histórico socialista disse ainda pensar que Cavaco Silva “não tem verdadeiramente o sentido da dimensão ética e republicana do Estado social”.
“Será que Cavaco Silva sabe o que é o Estado Social? Será que ele sente o Estado social apesar de falar muito em pobreza?”, questionou.
Para António Arnaut, “neste momento de crise o Presidente da República tem que ter uma palavra adequada e justa, a autoridade de quem dedicou toda a sua vida a defender a democracia”, afirmando que Manuel Alegre lhe dá muito mais garantias.
Questionado pela comunicação social sobre se faltaria autoridade ao presidente candidato, o “pai do SNS” considerou que lhe falta autoridade moral.
“Qual é o passado de Cavaco Silva na defesa da democracia? Ele nunca celebrou o 25 de Abril, em dez anos que foi primeiro-ministro e cinco como Presidente da República, com o cravo ao peito”, relembrou.
O socialista defendeu ainda que o Presidente da República passe a poder exercer apenas um mandato, mais alargado, não podendo candidatar-se para não se sujeitar a “uma vulnerabilidade”.
“Confrange-me um pouco que o Presidente da República se possa sujeitar a um certo tipo de críticas, porventura justas, porque ele é o Presidente da República, e se o continuar a ser ele fica lesado por essas críticas que não foram esclarecidas”, afirmou.
JF/Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
O histórico socialista e apoiante de Manuel Alegre António Arnaut afirmou hoje que Cavaco Silva “não tem verdadeiramente o sentido da dimensão ética e republicana do Estado social”, considerando que lhe falta “autoridade moral”.
Ao lado de Manuel Alegre numa ação de campanha em Condeixa, António Arnaut – que é considerado “o pai” do Serviço Nacional de Saúde (SNS) – disse aos jornalistas que “o Presidente da República, se porventura continuar a ser Cavaco Silva, não poderá destruir o SNS enquanto existir uma Constituição que o garante”.
“Houve uma tentativa de destruição do SNS justamente pelo professor Cavaco Silva, em 1990, quando ele revogou a lei instituidora da minha responsabilidade”, recordou.
Segundo António Arnaut, o Presidente da República “não pode destruir a Constituição porque ele jura-a e a Constituição garante um SNS universal, geral e tendencialmente gratuito”.
“Se porventura um Governo de direita tentar destruir o SNS então haverá um levantamento popular e nós estaremos à frente do povo”, alertou.
Em declarações aos jornalistas, o histórico socialista disse ainda pensar que Cavaco Silva “não tem verdadeiramente o sentido da dimensão ética e republicana do Estado social”.
“Será que Cavaco Silva sabe o que é o Estado Social? Será que ele sente o Estado social apesar de falar muito em pobreza?”, questionou.
Para António Arnaut, “neste momento de crise o Presidente da República tem que ter uma palavra adequada e justa, a autoridade de quem dedicou toda a sua vida a defender a democracia”, afirmando que Manuel Alegre lhe dá muito mais garantias.
Questionado pela comunicação social sobre se faltaria autoridade ao presidente candidato, o “pai do SNS” considerou que lhe falta autoridade moral.
“Qual é o passado de Cavaco Silva na defesa da democracia? Ele nunca celebrou o 25 de Abril, em dez anos que foi primeiro-ministro e cinco como Presidente da República, com o cravo ao peito”, relembrou.
O socialista defendeu ainda que o Presidente da República passe a poder exercer apenas um mandato, mais alargado, não podendo candidatar-se para não se sujeitar a “uma vulnerabilidade”.
“Confrange-me um pouco que o Presidente da República se possa sujeitar a um certo tipo de críticas, porventura justas, porque ele é o Presidente da República, e se o continuar a ser ele fica lesado por essas críticas que não foram esclarecidas”, afirmou.
JF/Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
2 comentários:
Arnaut, a palavra que faltava!
Exacto,Caro Rogério Pereira,
Trata-se de um homem éticamente irrepreensível e que bem conhece como se defendem os seres humanos e os direitos sociais.
Abraço,
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