Berlim, 09 jan (Lusa)
O governo alemão rejeitou hoje qualquer pressão sobre Portugal para que o país recorra à ajuda financeira internacional, informou hoje a agência France Presse (AFP).
“Não faz parte da estratégia do governo alemão pressionar Portugal a recorrer ao fundo de emergência europeu”, garantiu o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, citado num artigo a publicar segunda-feira pelo jornal Handelsblatt.
O mesmo responsável disse também que "as especulações públicas não têm qualquer fundamento".
A garantia dada pelo governo alemão contraria a notícia avançada no sábado pela revista alemã Der Spiegel (a publicar também na segunda-feira) de que os governos alemão e francês estarão a pressionar Portugal para que o país aceite a ajuda financeira internacional o quanto antes, de modo a evitar que a crise da dívida portuguesa se alastre a outros países o quanto antes.
A publicação alemã afirma, sem citar fontes precisas, que "peritos" dos Governos da Alemanha e da França esperam que Portugal se coloque sob a assistência da União Europeia para evitar um contágio da crise da dívida para Espanha ou Bélgica.
Depois da Grécia e da Irlanda, Portugal tem sido apontado como o próximo país a ter necessidade de recorrer à ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
Na sexta-feira, os juros da dívida soberana portuguesa a dez anos bateram máximos históricos, negociando acima dos 7,1 por cento, o maior valor registado desde a adesão de Portugal à zona euro.
Já em entrevista à Lusa, o chefe do gabinete de estudos económicos do Deutsche Bank, Thomas Mayer, disse que Portugal “terá de recorrer” ao fundo de resgate europeu se os mercados continuarem a não lhe oferecer condições aceitáveis de financiamento.
“Olhando para o comércio de títulos da dívida pública portuguesa, acho, no entanto, que não vão conseguir ganhar a confiança suficiente dos mercados para poderem agir autonomamente", avaliou o analista, considerando que, "por isso, é melhor agirem rapidamente, e requerem ajuda de forma pró-activa".
Para Mayer, o problema de Portugal é ter tido taxas de crescimento inferiores à média da zona euro, e pouco acima do um por cento, desde 2001.
Além disso, ressaltam as dificuldades en conter o défice orçamental, e um grande endividamento dos particulares e das empresas, "superior até ao da Grécia”, segundo o economista.
ICO (PPF/JMG/FA)/Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico
O governo alemão rejeitou hoje qualquer pressão sobre Portugal para que o país recorra à ajuda financeira internacional, informou hoje a agência France Presse (AFP).
“Não faz parte da estratégia do governo alemão pressionar Portugal a recorrer ao fundo de emergência europeu”, garantiu o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, citado num artigo a publicar segunda-feira pelo jornal Handelsblatt.
O mesmo responsável disse também que "as especulações públicas não têm qualquer fundamento".
A garantia dada pelo governo alemão contraria a notícia avançada no sábado pela revista alemã Der Spiegel (a publicar também na segunda-feira) de que os governos alemão e francês estarão a pressionar Portugal para que o país aceite a ajuda financeira internacional o quanto antes, de modo a evitar que a crise da dívida portuguesa se alastre a outros países o quanto antes.
A publicação alemã afirma, sem citar fontes precisas, que "peritos" dos Governos da Alemanha e da França esperam que Portugal se coloque sob a assistência da União Europeia para evitar um contágio da crise da dívida para Espanha ou Bélgica.
Depois da Grécia e da Irlanda, Portugal tem sido apontado como o próximo país a ter necessidade de recorrer à ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.
Na sexta-feira, os juros da dívida soberana portuguesa a dez anos bateram máximos históricos, negociando acima dos 7,1 por cento, o maior valor registado desde a adesão de Portugal à zona euro.
Já em entrevista à Lusa, o chefe do gabinete de estudos económicos do Deutsche Bank, Thomas Mayer, disse que Portugal “terá de recorrer” ao fundo de resgate europeu se os mercados continuarem a não lhe oferecer condições aceitáveis de financiamento.
“Olhando para o comércio de títulos da dívida pública portuguesa, acho, no entanto, que não vão conseguir ganhar a confiança suficiente dos mercados para poderem agir autonomamente", avaliou o analista, considerando que, "por isso, é melhor agirem rapidamente, e requerem ajuda de forma pró-activa".
Para Mayer, o problema de Portugal é ter tido taxas de crescimento inferiores à média da zona euro, e pouco acima do um por cento, desde 2001.
Além disso, ressaltam as dificuldades en conter o défice orçamental, e um grande endividamento dos particulares e das empresas, "superior até ao da Grécia”, segundo o economista.
ICO (PPF/JMG/FA)/Lusa
*** Este texto foi escrito ao abrigo do Acordo Ortográfico
1 comentário:
Caro Amigo Osvaldo
Sem se avaliarem conveniente e rigorosamente as necessidades da nossa banca - Portugal continua a saltar para as manchetes da imprensa internacional no que toca ao pressuposto, sublinho, pressuposto pedido de ajuda para recorrer ao fundos da União Europeia (UE) e FMI.
A esperança acompanha-me e sou mais optimista...
Grande Abraço com Amizade :)
Ana Brito
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