segunda-feira, 30 de abril de 2012

Louis Armstrong no 1º Dia Internacional do Jazz


O jazz é uma expressão musical que pode "derrubar  barreiras e simbolizar a paz e a unidade", defende a UNESCO na proclamação  do Dia Internacional do Jazz, que se assinala hoje primeira vez.
A Organização das Nações Unidas para a Educação Ciência Cultura decretou  30 de abril como o Dia Internacional do Jazz por proposta do músico e compositor  Herbie Hancock, embaixador da boa vontade da UNESCO. 
Na mensagem oficial deste dia, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova,  sublinhou que o jazz foi e continua a ser "a força que promove uma transformação  social positiva". 
"Por ter as suas raízes na escravatura, esta música fez crescer uma  voz apaixonada contra todas as formas de opressão. Fala a linguagem da liberdade  que é compreendida por todas as culturas. São também estes os objetivos  que guiam a UNESCO nos seus esforços de construir pontes dialogantes entre  todas as culturas e sociedades", afirmou Irina Bokova. 
O jazz é uma das expressões musicais nativas dos Estados Unidos, praticada  inicalmente pela comunidade afro-americana no século XIX, descendente das  vagas de escravos que aportaram nos EUA vindas de África, tendo-se popularizado  nas primeiras décadas do século seguinte. 
Apesar das celebrações serem oficialmente na segunda-feira, hoje em  Paris realizam-se várias iniciativas nas quais participarão, por exemplo,  Herbie Hancock, Barbara Hendricks e Wynton Marsalis. 
Herbie Hancock dará hoje um concerto em Nova Orleães, cidade  que é considerada um dos berços do jazz. Na sede das Nações Unidas estarão  Dee Dee Bridgewater, Diane Reeves, Esperanza Spalding, Angelique Kidjo,  entre outros. 
Em Portugal há várias iniciativas para assinalar o primeiro Dia  Internacional do Jazz. 
No Centro Nacional de Cultura (CNC), em Lisboa, decorrerá  um encontro com o investigador João Moreira dos Santos, o presidente do  CNC, Guilherme D'Oliveira Martins, o músico António Barros Veloso e o diretor  da estação de rádio Antena 2, João Almeida. 
O Hot Clube de Portugal estende-se à Praça da Alegria e propõe uma maratona  de jazz que começará às 13:00 com os alunos da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas.
Às 18:00, o antigo contrabaixista e diretor do Hot Clube de Portugal  Bernardo Moreira dará uma aula aberta sob o tema "As memórias da Praça da  Alegria". 
A partir das 22:00 haverá atuações ininterruptas no mais antigo clube  de jazz português com as participações dos irmãos João e Pedro Moreira,  Mariana Norton, Paula Oliveira, Filipe Melo, Marta Hugon, entre outros.
Em Coimbra, o Jazz ao Centro Clube assinala a efeméride e os seus nove  anos de existência, com a apresentação doo programa do décimo Festival do  Jazz ao Centro - Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra. 
Mais a sul, em Faro, o destaque vai para a atuação da Andalucia Big  Band, dirigida por Zé Eduardo, com Maria João, Mário Laginha, Viviane, Paulo  Gomes, Fátima Serro, João Frade e o coletivo Fried Neuronium.  
Nos claustros do Museu Municipal de Faro o radialista e especialista  em jazz José Duarte participará no encontro "Conversas Improvisadas". 

Lusa

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