segunda-feira, 2 de julho de 2012

Chefe das secretas sugere usar escutas e polígrafo para fiscalizar espiões


Júlio Pereira admitiu perante os deputados que seria uma mais-valia os serviços terem base legal para usar polígrafo e escutas para escolher e acompanhar com mais rigor os funcionários.
Um é inconstitucional, o outro está num vazio legal. Mas ambos seriam instrumentos úteis para garantir com rigor a integridade de quem colabora e é admitido nos serviços secretos. Os instrumentos são as escutas e o polígrafo, considerado a máquina da verdade. Júlio Pereira, secretário-geral dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP), disse, no Parlamento, que seria uma mais-valia os serviços poderem ter acesso aos registos telefónicos dos seus funcionários, eventualmente até realizar escutas, e ver as suas comunicações electrónicas. Tal procedimento é considerado inconstitucional - e se Júlio Pereira disse sabê-lo, porém, não deixou de o mencionar aos deputados da Comissão de Assuntos Constitucionais, quando foi ouvido à porta fechada, há um mês.
O PÚBLICO apurou que o chefe das secretas defendeu que os serviços deveriam poder controlar os registos dos telefones profissionais disponibilizados pelos serviços. Mas, idealmente, o controlo deveria ir mais longe, acrescentou, incluindo a realização de escutas telefónicas e de vigilância do correio.(Ler Mais)
02.07.2012 -Por:Público/Maria Lopes

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