quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Conjuntura: Portugal recupera "num único ano" o "essencial" das exportações com subida de 15 pc - Sócrates

Ferreira do Alentejo, Beja, 10 nov (Lusa)

O primeiro-ministro, José Sócrates, garantiu hoje que a subida de 15 por cento das exportações portuguesas, entre janeiro e setembro, permitiu ao país, “num único ano”, recuperar “o essencial” do que foi perdido em 2009.

No final do ano passado, depois de Portugal ter assistido, “salvo erro, a 17 por cento de quebra nas exportações”, foi dito, lembrou José Sócrates, que o país ia “precisar de três anos” para recuperar “as exportações”.

“A verdade que é, num único ano, nós recuperámos o essencial. Não chegámos ainda, para ser preciso, àquilo que perdemos em 2009, mas recuperámos já o essencial”, contrapôs.

O primeiro-ministro discursava no concelho de Ferreira do Alentejo, durante a cerimónia de inauguração do primeiro lagar em Portugal do grupo Sovena, o segundo maior operador de azeite do mundo.

As exportações foram uma das tónicas, a par da inovação, que dominaram a intervenção de Sócrates, que se escusou a prestar declarações aos jornalistas, no final.

Na terça-feira, evocou o primeiro-ministro, foram também “divulgadas as estatísticas do comércio internacional durante o mês de setembro”.

“Mais uma vez, as exportações cresceram em setembro, comparadas com o mês de setembro do ano passado. Mas o dado mais importante é que, entre janeiro e setembro deste ano, as nossas exportações cresceram 15 por cento”, frisou.

Dados que demonstram que, em Portugal, “há, todos os dias, empresários e trabalhadores que estão a dar o seu melhor para a recuperação do país”, sublinhou.

Este desempenho das exportações é também elucidativo, segundo José Sócrates, de que o país tem “uma economia com vontade, capacidade e ambição para fazer face às dificuldades do momento presente.”

O Chefe do Governo lembrou ainda que, no ano passado, Portugal “teve uma recessão económica, mas foi dos países que melhor resistiu à recessão”.

“Nós tivemos um decréscimo no nosso produto [Produto Interno Bruto] de 2,7 por cento. A média europeia foi de quatro por cento. Resistimos melhor do que os outros países”, afiançou.

LL/RRL/Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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