Caro Amigo Osvaldo Penso que a integração na UE tendeu a criar a ilusão credível de que Portugal podia ser enquadrado no centro e, portanto, o discurso político foi um agente de inculcação social da imaginação do centro permitindo pensar que estar com a Europa é ser como a Europa. Contudo, nos últimos anos, décadas, e dando razão a uma tese defendida por Boaventura Sousa Santos, o modelo de desenvolvimento português assume maior potencial periferizante do que centralizante. Verificou-se uma desvalorização internacional do trabalho português, baixou o padrão de especialização produtiva, degradaram-se as relações salariais e os sintomas de despromoção são mais potentes dos que os sinais de promoção. Vamos acreditar que, a médio prazo, Portugal consolide uma nova base da sua posição semiperiférica no sistema mundial e que os discursos nefastos da vocação atlântica sejam substituídos por grandes gotas a brotar de grandes frascos de credibilidade. Grande Abraço com Amizade :) Ana Brito
Pois, creio que este S/ Comentário me merece apenas o seguinte sublinhado.Portugal precisa, de facto, de sair da periferia política e de retomar caminhos já experimentados noutras fases e épocas. Ou seja, subscrevo e reitero a S/ opinião aqui expendida. Abraço Amigo,
Na guerra entre os EUA e a Espanha, a propósito da despótica colonização espanhola de Cuba, ocorreu o episódio que deu origem à frase “Levar a carta a Garcia”, divulgada por Elbert Hulbard em 1899. O presidente americano, Mackinley, precisou de contactar com um dos chefes da guerrilha cubana, o general Garcia. Chamou um tal Soldado Rowan e passou-lhe uma carta para ser entregue, em Cuba, ao comandante rebelde. Pelo que se conta, Rowan, sem nada perguntar, meteu a missiva numa bolsa impermeável e partiu para Cuba. Percorreu montes e vales, selvas e praias, mas, quatro dias depois, entregou a carta a Garcia e regressou aos EUA para dar conta do cumprimento da missão ao seu presidente. É este o sentido da expressão que dá título a este blogue: “Cumprir eficazmente uma missão, por mais difícil ou impossível que possa parecer”. (in Ciberdúvidas)
2 comentários:
Caro Amigo Osvaldo
Penso que a integração na UE tendeu a criar a ilusão credível de que Portugal podia ser enquadrado no centro e, portanto, o discurso político foi um agente de inculcação social da imaginação do centro permitindo pensar que estar com a Europa é ser como a Europa. Contudo, nos últimos anos, décadas, e dando razão a uma tese defendida por Boaventura Sousa Santos, o modelo de desenvolvimento português assume maior potencial periferizante do que centralizante.
Verificou-se uma desvalorização internacional do trabalho português, baixou o padrão de especialização produtiva, degradaram-se as relações salariais e os sintomas de despromoção são mais potentes dos que os sinais de promoção.
Vamos acreditar que, a médio prazo, Portugal consolide uma nova base da sua posição semiperiférica no sistema mundial e que os discursos nefastos da vocação atlântica sejam substituídos por grandes gotas a brotar de grandes frascos de credibilidade.
Grande Abraço com Amizade :)
Ana Brito
Cara Ana Brito,
Pois, creio que este S/ Comentário me merece apenas o seguinte sublinhado.Portugal precisa, de facto, de sair da periferia política e de retomar caminhos já experimentados noutras fases e épocas. Ou seja, subscrevo e reitero a S/ opinião aqui expendida.
Abraço Amigo,
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