Lisboa, 03 nov (Lusa) –
"O primeiro ministro fez hoje rasgados elogios ao discurso proferido pela ex-líder social democrata Manuela Ferreira Leite, alegando que “finalmente” foi ouvido porque é importante executar o Orçamento sem ameaças de crises políticas do PSD.
“Vejo com satisfação que o discurso de Manuela Ferreira Leite significou uma mudança de orientação que eu saúdo, que registo e que me agrada”, declarou José Sócrates aos jornalistas no final do período da manhã do segundo dia de debate do Orçamento do Estado para 2011.
A deputada e ex-presidente do PSD Manuela Ferreira Leite considerou hoje que este Orçamento "é inevitável" e disse temer que o Governo socialista recue na "violenta receita" que Portugal precisa de seguir até depois de 2013.
Perante os jornalistas, José Sócrates falou cerca de seis minutos e sublinhou sistematicamente “a importância que teve o discurso de Manuela Ferreira Leite” proferido em plenário uma hora antes, sobretudo “pelo contributo que deu para que pelo menos os dois principais partidos ponham os seus interesses nacionais acima dos seus interesses eleitorais”.
“Acho que finalmente fui ouvido, porque o país precisa deste Orçamento, que tem as medidas corajosas para fazer face à situação que Portugal e outros países na Europa enfrentam perante uma turbulência dos mercados financeiros que não tem qualquer justificação económica”, declarou o líder do executivo.
“Finalmente fui ouvido, porque ouvi da boca de Manuela Ferreira Leite – o que constituiu uma mudança do clima político neste debate – de que este é o Orçamento necessário. Nenhum líder político toma medidas com esta dureza sem estar convencido de que não existe outra alternativa para colocar Portugal abrigado da turbulência internacional”, sustentou.
Para José Sócrates, “é brincar com a inteligência dos portugueses a ideia de que só Portugal enfrenta dificuldades e ainda hoje a República Checa anunciou um corte de dez por cento nos salários dos funcionários públicos”.
“Um pouco por toda a Europa há cortes nos salários, congelamento das pensões ou aumento dos impostos”, advogou ainda o líder do executivo português.
José Sócrates considerou também “importante” a intervenção da ex-líder social democrata “não apenas relativamente à necessidade de aprovação do Orçamento, mas também sobre a necessidade de o executar”.
“É necessário executar o Orçamento sem que nenhum partido ande permanentemente a ameaçar com crises políticas. Aquilo que aconteceu a partir de agosto, com o PSD permanentemente a apelar ou sugerir crises políticas, isso não ajuda nada o país”, comentou.
Segundo o primeiro-ministro, outra das partes mais decisivas da intervenção de Manuela Ferreira Leite é a de que Portugal “precisa de estabilidade para aplicar este Orçamento”.
“A ideia de que o Governo pôs o país doente é infantil e pueril. Se este Governo pôs Portugal doente, será que o Governo espanhol pôs também a Espanha doente, será que o Governo francês pôs a França doente e que o Governo norte-americano pôs os Estados Unidos doente? Não serão doenças a mais?, questionou Sócrates".
PMF/LUSA
"O primeiro ministro fez hoje rasgados elogios ao discurso proferido pela ex-líder social democrata Manuela Ferreira Leite, alegando que “finalmente” foi ouvido porque é importante executar o Orçamento sem ameaças de crises políticas do PSD.
“Vejo com satisfação que o discurso de Manuela Ferreira Leite significou uma mudança de orientação que eu saúdo, que registo e que me agrada”, declarou José Sócrates aos jornalistas no final do período da manhã do segundo dia de debate do Orçamento do Estado para 2011.
A deputada e ex-presidente do PSD Manuela Ferreira Leite considerou hoje que este Orçamento "é inevitável" e disse temer que o Governo socialista recue na "violenta receita" que Portugal precisa de seguir até depois de 2013.
Perante os jornalistas, José Sócrates falou cerca de seis minutos e sublinhou sistematicamente “a importância que teve o discurso de Manuela Ferreira Leite” proferido em plenário uma hora antes, sobretudo “pelo contributo que deu para que pelo menos os dois principais partidos ponham os seus interesses nacionais acima dos seus interesses eleitorais”.
“Acho que finalmente fui ouvido, porque o país precisa deste Orçamento, que tem as medidas corajosas para fazer face à situação que Portugal e outros países na Europa enfrentam perante uma turbulência dos mercados financeiros que não tem qualquer justificação económica”, declarou o líder do executivo.
“Finalmente fui ouvido, porque ouvi da boca de Manuela Ferreira Leite – o que constituiu uma mudança do clima político neste debate – de que este é o Orçamento necessário. Nenhum líder político toma medidas com esta dureza sem estar convencido de que não existe outra alternativa para colocar Portugal abrigado da turbulência internacional”, sustentou.
Para José Sócrates, “é brincar com a inteligência dos portugueses a ideia de que só Portugal enfrenta dificuldades e ainda hoje a República Checa anunciou um corte de dez por cento nos salários dos funcionários públicos”.
“Um pouco por toda a Europa há cortes nos salários, congelamento das pensões ou aumento dos impostos”, advogou ainda o líder do executivo português.
José Sócrates considerou também “importante” a intervenção da ex-líder social democrata “não apenas relativamente à necessidade de aprovação do Orçamento, mas também sobre a necessidade de o executar”.
“É necessário executar o Orçamento sem que nenhum partido ande permanentemente a ameaçar com crises políticas. Aquilo que aconteceu a partir de agosto, com o PSD permanentemente a apelar ou sugerir crises políticas, isso não ajuda nada o país”, comentou.
Segundo o primeiro-ministro, outra das partes mais decisivas da intervenção de Manuela Ferreira Leite é a de que Portugal “precisa de estabilidade para aplicar este Orçamento”.
“A ideia de que o Governo pôs o país doente é infantil e pueril. Se este Governo pôs Portugal doente, será que o Governo espanhol pôs também a Espanha doente, será que o Governo francês pôs a França doente e que o Governo norte-americano pôs os Estados Unidos doente? Não serão doenças a mais?, questionou Sócrates".
PMF/LUSA
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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