sexta-feira, 26 de novembro de 2010

OE2011: “É preciso acompanhar este Orçamento com plano para relançar crescimento” - Maria João Rodrigues

Lisboa, 26 nov (Lusa)

"A conselheira da União Europeia para os assuntos económicos, Maria João Rodrigues, considerou hoje que o Orçamento do Estado (OE) para 2011 necessita de se articular com planos de criação de emprego, para “voltar a dar esperança” aos portugueses.

“O OE é um passo necessário, sem dúvida, mas não suficiente. Temos de acompanhar este orçamento com um plano que relance o crescimento e a criação de emprego em Portugal (…) e isso é fundamental para voltar a dar esperança à população portuguesa”, considerou Maria João Rodrigues, depois da aprovação, pela Assembleia da República, do OE para 2011, com os votos favoráveis do PS, a abstenção do PSD e os votos contra do CDS-PP, BE, PCP e PEV.

A antiga ministra do Trabalho do Governo de António Guterres defendeu “um plano para o crescimento e criação de emprego”, em declarações aos jornalistas no final de um debate sobre a Governação Económica Europeia.

“Portugal tem como principal problema um défice estrutural de competitividade e é preciso superar esse défice para voltar a crescer e a criar emprego. E aí temos uma escolha, ou vamos pela via do controlo dos custos salariais e dos níveis de proteção social - e eu acho que é uma má escolha – ou vamos reorientar a actividade económica em Portugal para actividades de mais valor acrescentado, e isso exige um grande trabalho conjunto das empresas com os seus trabalhadores”, considerou.

Para fazer face à atual crise económica e financeira Maria João Rodrigues frisou ainda a necessidade de alargar a toda a zona euro estes planos de crescimento e criação de emprego.

“Temos que reforçar a zona euro dizendo claramente que é preciso disciplina orçamental, sem dúvida, mas também uma estratégia comum para crescer e, ao mesmo tempo, uma política eficaz para reduzir as divergências internas que temos entre regiões e países”, defendeu.

“A zona euro só pode singrar se conseguir ter essa credibilidade orçamental, se crescer e se tiver menos desigualdades económicas e sociais”, concluiu Maria João Rodrigues".

RBV/Lusa

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

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