27.04.2012-Por:Público/Paulo Miguel Madeira
A taxa oficial de desemprego em Espanha pulou para 24,44% no primeiro trimestre do ano, mais 1,54 pontos do que entre Outubro e Dezembro e fica próximo do máximo histórico.Estes valores significam que o número de desempregados aumentou em 365.900 nos primeiros três meses do ano, para 5,64 milhões, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística de Espanha, obtidos a partir do Inquérito à População Activa.
O recorde de desemprego registado em Espanha é de 25,55%, em 1994, recorda o diário El País. Atendendo à dinâmica do mercado de trabalho esperada para os próximos meses no país, é natural que seja ultrapassado rapidamente.
Este forte aumento do desemprego foi acompanhado de uma pequena redução da população activa, de 8400 pessoas, o que significa menos 374.300 postos de trabalho no país, para 17,433 milhões.
A queda do emprego atingiu todos os sectores e foi muito maior entre os homens (menos 278,3 mil) do que entre as mulheres (menos 96 mil). Simultaneamente, o número de lares em que todos os membros estão desempregados aumentou para 1,73 milhões – mais 153,4 mil do que no quarto trimestre de 2011.
As comunidades autónomas com desemprego mais elevado são a Andaluzia (33,17%) e a Extremadura (32,05%), ambas próximas de Portugal. O valor mais reduzido regista-se no País Basco (13,55%). A região de Madrid foi a única onde o emprego aumentou
2 comentários:
Boas, caro Osvaldo,
De facto é preocupante ver a Espanha, ainda há poucos anos uma das economias mais activas na Europa, agora a roçar a bancarrota...
A maior questão, mais do que o desemprego em Espanha, em Itália ou em Portugal, é o que é que afinal os líderes europeus estão à procura como saída para a crise... mais "resgates" sem solução de fundo para os problemas estruturais das economias? e, para quando "políticas fiscais comuns" mais arrojadas e outras que visem a estabilidade da nossa moeda perante (em especial) o Dólar e o Iéne, que permita aumentar as exportações, assegurar os empregos... Porque é que não se consegue colocar um travão às importações desenfreadas de produtos que não são produzidos na UE? Se até o Brasil ainda consegue resistir às importações por via de de altas taxas, porque é que a Europa não adopta medidas nesse sentido?
Entretanto por causa das não-decisões e das más decisões, vou vendo o nosso bem-estar social hipotecado, vendido aos privados...
Um abraço!
Adicionalmente, aproveito para deixar mais uma achega a este tema, um ponto de vista preocupante da parte do Presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz no El Mundo
< .>
Enviar um comentário