quinta-feira, 19 de abril de 2012

França/Eleições,Hollande apela ao voto e alerta que "jogo não acabou"

por:dn.pt/Lusa-Hoje
O candidato socialista às presidenciais francesas, François Hollande, exortou hoje os eleitores a votarem no domingo na primeira volta das eleições, alertando que "o jogo não acabou", apesar de sondagens o colocarem à frente do presidente cessante Nicolas Sarkozy.
Com as sondagens a indicarem a existência de um grande número de indecisos e muitos a preverem abster-se, Hollande disse numa entrevista à agência France Presse que os eleitores que querem afastar Sarkozy devem apoiar o candidato socialista na primeira volta.
"É nas próximas horas que muitos em França farão a sua escolha. Vejo que ainda existe alguma hesitação quanto a ir votar ou não. A minha posição é clara: convencer os eleitores até ao final que a primeira volta transporta a segunda", afirmou Hollande.
Hollande, de 57 anos, prometeu uma mudança no estilo presidencial se for eleito, com "uma presidência modesta para quem a exerce e ambiciosa para o país".
Prometeu também dar conta da sua política "a cada seis meses" e disse ver como um elogio a qualificação de "anti-herói" que lhe fez o diário espanhol El Pais.
Face à concorrência à sua esquerda de Jean-Luc Mélenchon, antigo ministro socialista que se aliou aos comunistas, François Hollande advertiu que "não haverá negociações entre partidos no período entre as duas voltas" e que se ganhar é o seu projeto "que será aplicado e não outro".
"Sou socialista. Devo juntar a esquerda. E dirigir-me aos franceses que querem a mudança. Já o disse, não haverão negociações. É com o projeto que me apresento na primeira volta que irei perante os franceses na segunda", disse ainda.

1 comentário:

Anónimo disse...

Hoje vi na TV algo inesperado. O candidato oficial do PS Francês F. Hollande e o candidato da Esquerda Radical L. Mélanchon juntos num comício. Histórico, tanto mais que a ambos são atribuidos bons reultados nas sondagens.
Isto enquadra-se na questão que o Tozé Ferreira me impediu de colocar na conferencia do Operário:
Que caminho para as esquerdas em Portugal e na Europa numa fase de resseção global que tende a por em causa as mais recentes conquistas sociais?
Como nos ensina a história, a França ilumina o caminho

Abraço
Aníbal Curto