segunda-feira, 2 de abril de 2012

Seguro acusa Marcelo de “ataque vil e miserável”

02.04.2012:Por:Público/Luciano Alvarez
António José Seguro manifestou-se nesta segunda-feira indignado com o “ataque vil e miserável” de que diz ter sido alvo por parte de Marcelo Rebelo de Sousa.
Marcelo tinha acusado Seguro, na TVI, no domingo, de ter dado feito “uma golpaça” na revisão dos estatutos que violava os próprios estatutos para impedir uma candidatura de António Costa à liderança do PS.
Seguro foi nesta segunda-feira à mesma TVI acusar o antigo presidente do PSD de ter usado três falsidades.
Marcelo sugeriu que a revisão estatutária tinha sido feita à pressa, Seguro explicou que foi discutida “por milhares de militantes e independentes” e assegurou que o Congresso mandatou a Comissão Política para o fazer. “Não só tinha legitimidade, como [a Comissão Política] era obrigada a fazê-lo”, afirmou. “Não foi uma golpaça nem um truque de secretaria”, acrescentou.
A segunda falsidade de Marcelo, segundo Seguro, é que, ao contrário de que afirmou o comentador, não está previsto nenhum congresso eleitoral para o início de 2013.
Por fim, Seguro considerou ser falso que as listas de candidatos a deputados vencedoras nas directas do PS ocupem a totalidade dos cargos, assegurando que hoje há “mais pluralidade” no processo.
Por tudo isto, Seguro considerou que Marcelo Rebelo de Sousa agiu de “má fé”. “Lamento ter de usar estes minutos para falar de coisas que dizem pouco aos portugueses, mas o que está em causa é a minha dignidade. (…) O que eu não aceito è a calúnia”, afirmou Seguro.
Questionado sobre as divisões que têm surgido no grupo parlamentar, Seguro lembrou que não foi ele que escolheu os deputados socialistas, assegurou que “não há nenhum problema”, mas admitiu que existem “algumas dificuldades que prejudicam” a sua liderança e o PS.
“Eu conto com todos. Reconheço que existem dificuldades com alguns deputados, mas este não é o momento para falar sobre isso”, disse.
Criticado por alguns socialistas por não combater mais o memorando de troika de ajuda financeira a Portugal, o secretário-geral do PS lembrou que não foi ele que o assinou e discutiu (“tive conhecimento dele como a maioria dos portugueses”), mas não admite que “aqueles que assinaram o memorando" o critiquem por “estar a honrar a palavra do PS”.
Seguro acrescentou que “há muita gente na sociedade que confunde oposição com estar contra”, mas lembrou que essa não é a sua atitude política. “Quero afirmar o PS como uma oposição séria”.
Já no final, António José Seguro voltou a manifestar-se “profundamente indignado” com os comentários de Marcelo Rebelo de Sousa. “A minha dignidade está acima da política.”

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