Lisboa, 04 dez (Lusa)
A referência do primeiro-ministro a um “excedente de dois mil milhões de euros” prova que “havia margem para não cortar metade do subsídio de Natal este ano”, disse hoje à Lusa o deputado socialista Miguel Laranjeiro.
Numa entrevista hoje divulgada pelo jornal Público, Pedro Passos Coelho menciona um dado “muito positivo” resultante da transferência do fundo de pensões da banca para a Segurança Social: “Existe uma verba excedente de cerca de dois mil milhões de euros que vamos destinar a pagamentos à economia.”
Para o deputado do PS eleito por Braga, esta frase prova que “neste Natal, os portugueses só vão ter meio subsídio por opção exclusivamente política do Governo, sem necessidade do ponto de vista financeiro, e com consequências gravosas” para a economia.
“Os portugueses ficaram a saber pelo próprio primeiro-ministro que há um excedente de dois mil milhões [de euros], não no orçamento de 2012 mas no de 2011”, acrescenta Laranjeiro. “Pode-se dizer que pela boca morre o peixe. Desde agosto que se sabia da transferência do fundo de pensões da banca, e o governo não quis ouvir o Partido Socialista.”
Também hoje, em declarações à imprensa, o primeiro-ministro veio acrescentar que “os dois mil milhões retirados do fundo de transferências de pensões da banca serão injetados na economia através de um processo de regularização de pagamentos de dívidas que o próprio Estado tem”.
Estas palavras são muito semelhantes às do secretário-geral do PS, António José Seguro, ao comentar na quarta-feira a concretização da transferência dos fundos de pensões.
“Também me parece importante que uma parte desse dinheiro possa servir para pagar dívidas”, disse então Seguro. “Se as empresas públicas pagarem essas dívidas aos bancos, isso significa que os bancos ficam com mais dinheiro para poder injetar na economia, ou seja, apoiar a atividade das empresas.”
Miguel Laranjeiro afirma contudo que “os dois mil milhões de euros [do excedente] são muitíssimo superiores à verba arrecada” com o corte de 50% no subsídio de Natal deste ano, que corresponde a cerca de 800 milhões de euros. Ou seja, haveria margem para este ano pagar o subsídio por inteiro e “fazer pagamentos” de dívidas do Estado.
Também na entrevista ao Público, Passos Coelho louva o “diálogo intenso” que tem havido entre o PS e o Governo.
A este respeito, o deputado socialista afirma que “pode ter havido diálogo” mas, em questões como os subsídios de férias e Natal ou o aumento do IVA da restauração, “não houve uma aproximação” entre as opiniões do Governo e as do PS.
PGR (ACG/PMF)/Lusa
A referência do primeiro-ministro a um “excedente de dois mil milhões de euros” prova que “havia margem para não cortar metade do subsídio de Natal este ano”, disse hoje à Lusa o deputado socialista Miguel Laranjeiro.
Numa entrevista hoje divulgada pelo jornal Público, Pedro Passos Coelho menciona um dado “muito positivo” resultante da transferência do fundo de pensões da banca para a Segurança Social: “Existe uma verba excedente de cerca de dois mil milhões de euros que vamos destinar a pagamentos à economia.”
Para o deputado do PS eleito por Braga, esta frase prova que “neste Natal, os portugueses só vão ter meio subsídio por opção exclusivamente política do Governo, sem necessidade do ponto de vista financeiro, e com consequências gravosas” para a economia.
“Os portugueses ficaram a saber pelo próprio primeiro-ministro que há um excedente de dois mil milhões [de euros], não no orçamento de 2012 mas no de 2011”, acrescenta Laranjeiro. “Pode-se dizer que pela boca morre o peixe. Desde agosto que se sabia da transferência do fundo de pensões da banca, e o governo não quis ouvir o Partido Socialista.”
Também hoje, em declarações à imprensa, o primeiro-ministro veio acrescentar que “os dois mil milhões retirados do fundo de transferências de pensões da banca serão injetados na economia através de um processo de regularização de pagamentos de dívidas que o próprio Estado tem”.
Estas palavras são muito semelhantes às do secretário-geral do PS, António José Seguro, ao comentar na quarta-feira a concretização da transferência dos fundos de pensões.
“Também me parece importante que uma parte desse dinheiro possa servir para pagar dívidas”, disse então Seguro. “Se as empresas públicas pagarem essas dívidas aos bancos, isso significa que os bancos ficam com mais dinheiro para poder injetar na economia, ou seja, apoiar a atividade das empresas.”
Miguel Laranjeiro afirma contudo que “os dois mil milhões de euros [do excedente] são muitíssimo superiores à verba arrecada” com o corte de 50% no subsídio de Natal deste ano, que corresponde a cerca de 800 milhões de euros. Ou seja, haveria margem para este ano pagar o subsídio por inteiro e “fazer pagamentos” de dívidas do Estado.
Também na entrevista ao Público, Passos Coelho louva o “diálogo intenso” que tem havido entre o PS e o Governo.
A este respeito, o deputado socialista afirma que “pode ter havido diálogo” mas, em questões como os subsídios de férias e Natal ou o aumento do IVA da restauração, “não houve uma aproximação” entre as opiniões do Governo e as do PS.
PGR (ACG/PMF)/Lusa
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