O líder do PS, António José Seguro, acusou o primeiro-ministro, Passos Coelho, de "baixar os braços" e, com "insensibilidade social", dar "pesadelos aos portugueses" em vez de "soluções", ao ter pré-anunciado "mais medidas de austeridade".
Segundo o secretário-geral do PS, o primeiro-ministro revelou na entrevista que deu na quarta-feira que não acredita no seu Orçamento, desresponsabilizando-se da sua execução, e demonstrou que havia a "margem" que os socialistas têm vindo a reclamar para atenuar o embate da austeridade.
"O primeiro-ministro pré-anunciou mais medidas de austeridade para o próximo ano. Quer dizer, em vez de dar soluções, o primeiro-ministro dá pesadelos aos portugueses", afirmou António José Seguro.
O secretário-geral socialista viu na entrevista dada por Passos Coelho à SIC a manifestação de um "baixar de braços, conformismo, ausência de esperança e ausência de sensibilidade social".
"Quando o primeiro-ministro tem um instrumento como o orçamento para aplicar a única coisa que sabe dizer é que se houver algum erro, se houver alguma falha, pedirá mais sacrifícios aos portugueses e mais sacrifícios às empresas", defendeu, acusando Passos Coelho de não ter dado uma palavra aos desempregados, sobretudo aos jovens.
Para Seguro, as declarações de Passos revelam "um primeiro-ministro que não acredita no Orçamento" que acabou de ver aprovado, porque se acreditasse, "demonstrava confiança", sendo que "a confiança é vital para dinamizar a economia".
"Esse pré-anuncio revela desresponsabilização porque quem apresenta um Orçamento tem que se responsabilizar pela sua execução, porque essa execução é garantia de cumprir as metas que esse Orçamento indica", acusou.
O líder socialista viu também nas declarações do primeiro-ministro o reconhecimento implícito de que existe a margem orçamental reivindicada pelo PS.
"No Orçamento, o primeiro-ministro aponta para um decréscimo do PIB na ordem dos menos 2,8 por cento e disse que se o decréscimo do produto for de 3 por cento vai ter que pedir novos sacrifícios. Ora, diferença entre menos 2,8 e 3 dá duas décimas, duas décimas são algumas centenas de milhões de euros", afirmou.
Segundo Seguro, Passos revelou ainda que "prevê que o seu Orçamento possa não ser suficiente para cumprir a meta que está estabelecida de redução do défice orçamental".
Tudo somado, o secretário-geral socialista encontrou na entrevista do primeiro-ministro a prova de que o projeto político do Governo é o da "direita mais conservadora e ultra-liberal" que já esteve no poder em Portugal
"Tem uma referência, os mercados, nada contra os mercados, tudo pelos mercados. A lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão-de nos agradecer, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados depois vão ser nossos amigos e vão baixar as taxas de juro, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão de nos reconhecer e abençoar", criticou.
No plano europeu, o líder do PS disse que o primeiro-ministro tem "como referência a senhora Merkel e o senhor Sarkozy", ao passo que Seguro tem como "referência os pais fundadores da União Europeia".
ACL/Lusa
Segundo o secretário-geral do PS, o primeiro-ministro revelou na entrevista que deu na quarta-feira que não acredita no seu Orçamento, desresponsabilizando-se da sua execução, e demonstrou que havia a "margem" que os socialistas têm vindo a reclamar para atenuar o embate da austeridade.
"O primeiro-ministro pré-anunciou mais medidas de austeridade para o próximo ano. Quer dizer, em vez de dar soluções, o primeiro-ministro dá pesadelos aos portugueses", afirmou António José Seguro.
O secretário-geral socialista viu na entrevista dada por Passos Coelho à SIC a manifestação de um "baixar de braços, conformismo, ausência de esperança e ausência de sensibilidade social".
"Quando o primeiro-ministro tem um instrumento como o orçamento para aplicar a única coisa que sabe dizer é que se houver algum erro, se houver alguma falha, pedirá mais sacrifícios aos portugueses e mais sacrifícios às empresas", defendeu, acusando Passos Coelho de não ter dado uma palavra aos desempregados, sobretudo aos jovens.
Para Seguro, as declarações de Passos revelam "um primeiro-ministro que não acredita no Orçamento" que acabou de ver aprovado, porque se acreditasse, "demonstrava confiança", sendo que "a confiança é vital para dinamizar a economia".
"Esse pré-anuncio revela desresponsabilização porque quem apresenta um Orçamento tem que se responsabilizar pela sua execução, porque essa execução é garantia de cumprir as metas que esse Orçamento indica", acusou.
O líder socialista viu também nas declarações do primeiro-ministro o reconhecimento implícito de que existe a margem orçamental reivindicada pelo PS.
"No Orçamento, o primeiro-ministro aponta para um decréscimo do PIB na ordem dos menos 2,8 por cento e disse que se o decréscimo do produto for de 3 por cento vai ter que pedir novos sacrifícios. Ora, diferença entre menos 2,8 e 3 dá duas décimas, duas décimas são algumas centenas de milhões de euros", afirmou.
Segundo Seguro, Passos revelou ainda que "prevê que o seu Orçamento possa não ser suficiente para cumprir a meta que está estabelecida de redução do défice orçamental".
Tudo somado, o secretário-geral socialista encontrou na entrevista do primeiro-ministro a prova de que o projeto político do Governo é o da "direita mais conservadora e ultra-liberal" que já esteve no poder em Portugal
"Tem uma referência, os mercados, nada contra os mercados, tudo pelos mercados. A lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão-de nos agradecer, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados depois vão ser nossos amigos e vão baixar as taxas de juro, a lógica é portarmo-nos bem porque os mercados hão de nos reconhecer e abençoar", criticou.
No plano europeu, o líder do PS disse que o primeiro-ministro tem "como referência a senhora Merkel e o senhor Sarkozy", ao passo que Seguro tem como "referência os pais fundadores da União Europeia".
ACL/Lusa
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