quarta-feira, 4 de abril de 2012

Seguro acusa Passos de enganar portugueses sobre devolução dos subsídios

O secretário-geral do PS acusou hoje o primeiro-ministro de "enganar" os portugueses ao dizer que apenas começa a repor gradualmente os subsídios de férias e de natal dos trabalhadores da administração pública a partir de 2015.António José Seguro falava em conferência de imprensa, na Assembleia da República, depois de Pedro Passos Coelho, em entrevista à Rádio Renascença, ter afirmando que a reposição dos subsídios de férias e de natal seria feita gradualmente a partir de 2015.
Perante esta posição do primeiro-ministro, António José Seguro disse ter ficado "tão surpreendido como os portugueses".
"O primeiro-ministro está a enganar os portugueses. Enganou os portugueses. Todos nos recordamos que o primeiro-ministro anunciou em outubro o corte dos subsídios de natal e de férias aos funcionários públicos e aos reformados pelo período de dois anos, 2012 e 2013", apontou o líder dos socialistas.
António José Seguro observou também que na terça-feira "um membro do Governo [o secretário de Estado Carlos Moedas] disse que não havia nenhuma novidade" em matéria de devolução dos subsídios.
"Mas hoje, em entrevista a uma rádio, o primeiro-ministro diz agora que só vai começar a devolver os salários dos funcionários públicos e as reformas em 2015. Trata-se claramente de enganar os portugueses", insistiu.
O secretário-geral do PS acusou depois Pedro Passos Coelho de ter dualidade de critérios nas suas decisões políticas e de se preparar para devolver os subsídios "às pinguinhas" em ano de eleições, em 2015.
"Quando o PS propôs mais um ano para consolidar as contas públicas o primeiro-ministro não é sensível, mas para retirar por mais uma ano, pelo menos, dois salários e duas reformas, então o primeiro-ministro já é sensível, mesmo dando o dito por não dito", declarou António José Seguro.
Seguro referiu depois que "2015 é anos de eleições" legislativas "e os portugueses têm isto bem presente".
"O primeiro-ministro não só quer retirar mais rendimentos aos funcionários públicos e aos pensionistas, como quer começar a devolver-lhes às pinguinhas no ano e em véspera de eleições", acrescentou.

Diário Digital com Lusa

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