Cidade da Praia, 08 ago (Lusa)
O líder do PAICV apelou hoje à união do partido, negou que vá haver discriminação dos “dissidentes” e sublinhou que vê em Pedro Pires, Presidente cessante, um senador da força política que governa Cabo Verde desde 2001.
Numa conferência de imprensa, um dia depois das presidenciais, José Maria Neves considerou ser “fundamental” para o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) que ”dirigentes, apoiantes e simpatizantes” se unam em torno do candidato Manuel Inocêncio Sousa na segunda volta da votação, a 21 deste mês.
Garantindo que não haverá quaisquer perseguições aos que contrariaram a posição oficial do partido, Neves, também primeiro-ministro, admitiu que se registaram “alguns excessos” durante os 16 dias de campanha eleitoral, mas que tal se deveu a um “combate político”, onde, “naturalmente”, são cometidos “excessos e derivas”.
“Não houve uma guerra (entre Inocêncio e Aristides Lima), mas dissensões. Não houve consensos quanto ao candidato. Mas, mais uma vez, o PAICV mostrou ser um partido maduro e que, a partir de agora, será necessária paciência para voltarmos a ser coesos e unidos”, disse.
Neves, que afirmou ser a hora de prevalecerem os “valores cristãos do perdão”, admitiu que ainda não falou com Lima e seus apoiantes, mas sublinhou que o fará nos próximos dias, até porque faltam 14 dias para a segunda volta das presidenciais e porque a respetiva campanha começa já na próxima quinta-feira.
O Conselho Nacional do PAICV, disse, não terá tempo de se reunir, mas há outros órgãos do partido – Comissão Permanente e Comissão Política - que irão analisar a estratégia para a segunda volta das presidenciais.
O líder do PAICV negou, por outro lado, que, face aos resultados de domingo, se tenha “livrado” da “ala conservadora” do partido, tacitamente ligada ao presidente cessante, Pedro Pires, sublinhando que sempre teve grande respeito pelos “senadores”, como Pedro Pires, Abílio Duarte, Aristides Pereira e Amílcar Cabral, entre outros.
“Prezo muito a contribuição deles na luta de libertação nacional. Foram, a seu tempo, decisivos para a independência de Cabo Verde. São senadores do partido e por quem tenho muito respeito”, afirmou.
“O importante, agora, é a união de toda a família do PAICV. Temos de ter paciência, sabedoria, tranquilidade e de ser capazes de sarar eventuais feridas que possam, existir”, concluiu José Maria Neves.
Em causa estão não só Aristides Lima mas muitos outros dirigentes do PAICV que o apoiaram, com destaque para o ministro do Desenvolvimento Social e Família cabo-verdiano, Felisberto Vieira, também líder da maior região eleitoral do arquipélago, a zona de Santiago Sul, onde o “seu” candidato venceu.
JSD/Lusa
O líder do PAICV apelou hoje à união do partido, negou que vá haver discriminação dos “dissidentes” e sublinhou que vê em Pedro Pires, Presidente cessante, um senador da força política que governa Cabo Verde desde 2001.
Numa conferência de imprensa, um dia depois das presidenciais, José Maria Neves considerou ser “fundamental” para o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) que ”dirigentes, apoiantes e simpatizantes” se unam em torno do candidato Manuel Inocêncio Sousa na segunda volta da votação, a 21 deste mês.
Garantindo que não haverá quaisquer perseguições aos que contrariaram a posição oficial do partido, Neves, também primeiro-ministro, admitiu que se registaram “alguns excessos” durante os 16 dias de campanha eleitoral, mas que tal se deveu a um “combate político”, onde, “naturalmente”, são cometidos “excessos e derivas”.
“Não houve uma guerra (entre Inocêncio e Aristides Lima), mas dissensões. Não houve consensos quanto ao candidato. Mas, mais uma vez, o PAICV mostrou ser um partido maduro e que, a partir de agora, será necessária paciência para voltarmos a ser coesos e unidos”, disse.
Neves, que afirmou ser a hora de prevalecerem os “valores cristãos do perdão”, admitiu que ainda não falou com Lima e seus apoiantes, mas sublinhou que o fará nos próximos dias, até porque faltam 14 dias para a segunda volta das presidenciais e porque a respetiva campanha começa já na próxima quinta-feira.
O Conselho Nacional do PAICV, disse, não terá tempo de se reunir, mas há outros órgãos do partido – Comissão Permanente e Comissão Política - que irão analisar a estratégia para a segunda volta das presidenciais.
O líder do PAICV negou, por outro lado, que, face aos resultados de domingo, se tenha “livrado” da “ala conservadora” do partido, tacitamente ligada ao presidente cessante, Pedro Pires, sublinhando que sempre teve grande respeito pelos “senadores”, como Pedro Pires, Abílio Duarte, Aristides Pereira e Amílcar Cabral, entre outros.
“Prezo muito a contribuição deles na luta de libertação nacional. Foram, a seu tempo, decisivos para a independência de Cabo Verde. São senadores do partido e por quem tenho muito respeito”, afirmou.
“O importante, agora, é a união de toda a família do PAICV. Temos de ter paciência, sabedoria, tranquilidade e de ser capazes de sarar eventuais feridas que possam, existir”, concluiu José Maria Neves.
Em causa estão não só Aristides Lima mas muitos outros dirigentes do PAICV que o apoiaram, com destaque para o ministro do Desenvolvimento Social e Família cabo-verdiano, Felisberto Vieira, também líder da maior região eleitoral do arquipélago, a zona de Santiago Sul, onde o “seu” candidato venceu.
JSD/Lusa
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