Lisboa, 30 ago (Lusa)
O jornalista Nuno Simas vai apresentar uma queixa-crime ao Ministério Público por devassa da vida privada, na sequência da alegada espionagem feita pelos serviços secretos ao seu telemóvel, em 2010, quando trabalhava no jornal Público.
Numa declaração à agência Lusa, Nuno Simas referiu que já deu instruções ao seu advogado para que apresente uma queixa-crime para esclarecer aquilo que parece ser uma devassa da vida privada e que o processo deverá dar entrada no Ministério Público ainda esta semana.
“Pedi ao meu advogado para apresentar uma queixa-crime para esclarecer aquilo que parece ser uma devassa da minha vida privada”, disse.
O semanário Expresso noticiou no sábado que o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) “espiou” o telemóvel de Nuno Simas “com o objetivo de descobrir as eventuais fontes do jornalista”, tendo tido acesso à fatura detalhada das chamadas e das mensagens.
A queixa do atual diretor adjunto de Informação da agência Lusa junta-se à do jornal Público, que já anunciou que vai pedir às autoridades competentes a abertura de um inquérito para investigar a alegada espionagem.
"A direção do Público já reuniu e entende que deve ser aberto um inquérito para apurar responsabilidades. Vamos contactar com as autoridades e perceber quais são os passos concretos que devem ser dados", afirmou no sábado à Lusa a diretora do jornal, Bárbara Reis, acrescentando que "um caso destes não pode ficar impune".
A própria Procuradoria-Geral da República anunciou no sábado que iria abrir um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde já correm outros processos referentes a escutas.
A alegada espionagem ilegal feita pelo SIED ao telemóvel do jornalista também preocupou o primeiro-ministro, que ordenou ao secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, a abertura de um inquérito sobre um assunto que considera de "grande gravidade".
De acordo o gabinete de Passos Coelho, o chefe do Governo considera que este assunto deve ser "plenamente e cabalmente investigado e esclarecido".
A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) também revelou que vai abrir um processo de averiguações ao caso.
Por sua vez, o Sindicato dos Jornalistas repudiou “veementemente” a alegada espionagem ao jornalista pelos serviços secretos, considerando que foi violada a lei sobre conservação de dados de comunicações por uma autoridade sem competência para aceder a essas informações.
CC/(JH/JRS/DN)/Lusa
O jornalista Nuno Simas vai apresentar uma queixa-crime ao Ministério Público por devassa da vida privada, na sequência da alegada espionagem feita pelos serviços secretos ao seu telemóvel, em 2010, quando trabalhava no jornal Público.
Numa declaração à agência Lusa, Nuno Simas referiu que já deu instruções ao seu advogado para que apresente uma queixa-crime para esclarecer aquilo que parece ser uma devassa da vida privada e que o processo deverá dar entrada no Ministério Público ainda esta semana.
“Pedi ao meu advogado para apresentar uma queixa-crime para esclarecer aquilo que parece ser uma devassa da minha vida privada”, disse.
O semanário Expresso noticiou no sábado que o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) “espiou” o telemóvel de Nuno Simas “com o objetivo de descobrir as eventuais fontes do jornalista”, tendo tido acesso à fatura detalhada das chamadas e das mensagens.
A queixa do atual diretor adjunto de Informação da agência Lusa junta-se à do jornal Público, que já anunciou que vai pedir às autoridades competentes a abertura de um inquérito para investigar a alegada espionagem.
"A direção do Público já reuniu e entende que deve ser aberto um inquérito para apurar responsabilidades. Vamos contactar com as autoridades e perceber quais são os passos concretos que devem ser dados", afirmou no sábado à Lusa a diretora do jornal, Bárbara Reis, acrescentando que "um caso destes não pode ficar impune".
A própria Procuradoria-Geral da República anunciou no sábado que iria abrir um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, onde já correm outros processos referentes a escutas.
A alegada espionagem ilegal feita pelo SIED ao telemóvel do jornalista também preocupou o primeiro-ministro, que ordenou ao secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP), Júlio Pereira, a abertura de um inquérito sobre um assunto que considera de "grande gravidade".
De acordo o gabinete de Passos Coelho, o chefe do Governo considera que este assunto deve ser "plenamente e cabalmente investigado e esclarecido".
A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) também revelou que vai abrir um processo de averiguações ao caso.
Por sua vez, o Sindicato dos Jornalistas repudiou “veementemente” a alegada espionagem ao jornalista pelos serviços secretos, considerando que foi violada a lei sobre conservação de dados de comunicações por uma autoridade sem competência para aceder a essas informações.
CC/(JH/JRS/DN)/Lusa
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