sexta-feira, 12 de agosto de 2011

CGTP classifica como "brutal" e "roubo" aumento do IVA na eletricidade e gás

Lisboa, 12 ago (Lusa)

A Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-In) acusou hoje o Governo de ser “troca-tintas” e classificou como “inaceitável” e um “roubo” o aumento do IVA nas tarifas de eletricidade e gás, anunciado esta manhã.

Numa conferência de imprensa realizada frente à escadaria da Assembleia da República, Arménio Carlos, da comissão executiva da CGTP, criticou o atual Executivo pelas contínuas medidas lesivas para os trabalhadores, nomeadamente o corte no subsídio de Natal.

“Temos direito à indignação e è resistência porque estamos perante um Governo que é um troca-tintas porque foi este Governo que ainda recentemente apresentou um conjunto de medidas dizendo que eram medidas necessárias para dar resposta aos problemas do país e que não eram necessárias outras”, criticou Arménio Carlos.

“Como já verificaram não há semana que passe que não anunciem mais medidas e todas elas sem exceção para aumentar a exploração dos trabalhadores”, acrescentou.

A última das medidas impostas pelo Governo tem a ver com o aumento do IVA de 6 por cento para 23 por cento nas tarifas de eletricidade e gás, que o Governo anunciou hoje de manhã.

“Isto é uma situação inaceitável porque é mais um sacrifício que é imposto aos trabalhadores, é um roubo para acrescentar a outros roubos que já se fizeram e põe em causa os direitos e as condições de vida de muita gente, da maior parte da população, mas é também uma afronta contra os micro e pequenos empresários que todos os dias fazem um esforço para manterem as suas empresas a laborar”, acusou.

Arménio Carlos deixou a garantia que a CGTP vai continuar mobilizada contra estas medidas e reafirmou o compromisso de prosseguir o esclarecimento de todos os trabalhadores, mas também de criar condições para que uma resposta seja dada.

Deixou o compromisso que mesmo durante os meses de agosto e setembro vai prosseguir com a luta em torno da defesa do emprego, dos direitos sociais, dos serviços públicos, das funções sociais do Estado.

“E a resposta só pode passar por uma via, é a luta organizada dos trabalhadores contra esta política que é nociva e contrária aos direitos de todos os portugueses”, defendeu o dirigente sindical.

SV/Lusa

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